EBAA chama relatório do Greenpeace de distorção dos fatos contra a aviação executiva, em 05.04.23
A EBAA – European Business Aviation Association (Associação de Aviação Executiva Européia) está refutando um relatório recente da organização pró-ambiente Greenpeace que afirma que “a poluição por jatos particulares europeus dobrou em um ano”.
Por um estudo da consultoria holandesa para suporte ao meio ambiente sustentável CE Delft – de “CO2 emissions of private aviation in Europe” (Emissões de CO2 da aviação privada na Europa) –
https://cedelft.eu/publications/co2-emissions-of-private-aviation-in-europe/
-, encomendado pela Greenpeace, afirma-se que o número de vôos privados aumentou 64% em 2022 e 87% nos aeroportos holandeses. E afirma-se ainda que as emissões de CO2 de vôos privados na Holanda mais que dobraram durante o período – totalizando 53.000 toneladas.
Assim, a Greenpeace requer da União Européia e os governos nacionais a proibição de jatos particulares como “parte de um plano para enfrentar a crise climática de maneira mais forma equitativa”.
A EBAA avaliou os dados da pesquisa como incorretos e distorcidos, pela não-consideração de dados históricos da atividade da aviação anteriores à pandemia de Covid. “O número de vôos de executivos europeus é comparado pelo Greenpeace a um ponto historicamente baixo durante a crise do Covid-19, em vez de um ano normal sem restrição de viagens”, argumenta a EBAA, para acrescentar: “Isso cria uma imagem de crescimento explosivo, mesmo que isso não tenha ocorrido de fato”.
Alternativamente, apontando para os dados do Eurocontrol comparando a atividade de 2022 com a de 2019, a EBAA apresenta que a atividade da aviação executiva cresceu 7%, em vez de 64%.
“Apesar de um pico temporário no número de vôos executivos após a reabertura das fronteiras internacionais, a EBAA reporta uma estagnação desse crescimento nos primeiros meses deste ano, o que pode se transformar em um leve declínio”, também afirma a EBAA, acrescentando que o Greenpeace “ignora sistematicamente o contexto da aviação executiva”.
A EBAA reitera a pequena participação da aviação executiva para as emissões globais de CO2, observando que a nível mundial representa apenas 0,04% por cento do total. Além disso, a EBAA sustenta que a aviação executiva serviu como um terreno fértil para a sustentabilidade da aviação.
“Ao contrário do que o Greenpeace quer acreditar, a aviação executiva está realmente impulsionando a sustentabilidade da aviação”, afirma a EBAA, apontando para a meta estabelecida em todo o setor de atingir o zero líquido até 2050. [EL] – c/ fontes