Administração do aeroporto de Petrolina (PE), da CCR, faz alerta à população vizinha após registrar focos de incêndios nas proximidades do terminal, em 25.08.23


Fonte: g1 – 14/08/2023
O aeroporto de Petrolina/Senador Nilo Coelho (SBPL), no sertão Pernambucano, registrou dois focos de incêndios nas proximidades do terminal, no mês de julho. Os dados foram divulgados no dia 14 de agosto. As ocorrências não interferiram nas operações do aeroporto, mas “acenderam” um alerta sobre os riscos das queimadas na região.

“Nessa época mais seca, é bem comum a queima de lixo e galhos de árvore. E basta uma fagulha ser levada pelos ventos para agravar a situação e gerar incêndios de grandes proporções. Já tivemos duas situações, onde os dois casos de incêndios florestais aconteceram na área aeroportuária. Em uma delas, o corpo de bombeiros do aeroporto foi acionado para combater as chamas e a outra foi contida pelos bombeiros militares”, destacou o gerente do aeroporto de Petrolina, Jamerson Vasconcelos, pela operadora aeroportuária CCR.

Além dos prejuízos ao meio ambiente, os incêndios podem oferecer riscos para as operações aeroportuárias, destacou Jamerson.

De acordo com ele, a ‘cortina’ de fumaça, produzida pelo fogo, pode reduzir a visibilidade, degradando a condição de meteorologia, prejudicando a operação de aeronave. “Além de reduzir a visibilidade, os animais fogem dos incêndios, podendo adentrar no aeroporto. Os animais que acabam morrendo pelo fogo atraem urubus, que podem se colidir contra os aviões, colocando em risco a vida de todos a bordo e da comunidade”, disse Jamerson.

Embora não tenha sido registrada nenhuma reclamação por parte dos pilotos ou companhias aéreas, a administração do aeroporto (CCR Airports) pede o apoio da população. “A CCR faz o apelo para que a população não realize nenhum tipo de queimada, principalmente na região do aeroporto”, finalizou Jamerson.

Recentemente, a gestão da CCR no aeroporto de Petrolina/Senador Nilo Coelho (SBPL) reforçou o alerta à comunidade sobre risco do descarte irregular de lixo no entorno do “sítio” para as operações aeroportuárias.

Para garantir a segurança operacional, sobretudo nos momentos de pouso e decolagem, a CCR Aeroportos, concessionária que administra o a aeroporto de Petrolina reforça o pedido de colaboração da população moradora nas proximidades do “sítio”. O descarte irregular de resíduos nas imediações do aeroporto pode atrair aves para a região e provocar colisões com as aeronaves. Para evitar que incidentes como este aconteçam, a gestão do aeroporto de Petrolina segue protocolos rigorosos que envolvem toda a comunidade aeroportuária.

“Além de ocorrências envolvendo os aviões, o descarte de lixo nas ruas próximas ao aeroporto prejudica o meio ambiente e contribui para a proliferação de doenças. Desde que assumiu a gestão do aeroporto de Petrolina, em março de 2022, a CCR trabalha para garantir cada vez mais a segurança das operações e realiza ações de vistorias preventivas ao redor do perímetro do local. Mas precisamos também do apoio da comunidade para que não jogue lixo nas ruas”, ressaltou Jamerson.

Ademais, o descarte irregular de lixo e entulho no meio ambiente é proibido conforme a Lei de Crimes Ambientais n° 9.605, Artigo 54, que prevê pena de reclusão, de um a quatro anos, e multa.

ROTAER informa a concentração de pássaros em um raio de 1 MN (1,85 km) da cabeceira 31 e a concentração de pássaros na lateral esquerda da pista 13/31, próximo do sistema PAPI (na cabeceira 13). E também a concentração de pássaros Quero-quero durante o período do dia, nas laterais da TWY “A” – sentido cabeceira 13.

Na 6ª rodada de Concessões Aeroportuárias, a CCR sagrou-se vencedora dos blocos Sul e Central, arrematando entre outros o Aeroporto Internacional de Petrolina. O início da operação do aeroporto de Petrolina pelo Grupo CCR foi em fevereiro de 2022.

Informações aeroportuárias complementares:
NA FIR Recife (SBRE), na jurisdição do CINDACTA-III, a cerca de 345 MN a SW-W de Recife (SBRF), o Aeroporto de Petrolina atende um dos principais pólos produtores de frutas do país. Em 2021, Petrolina, situada às margens do rio São Francisco, foi a primeira colocada no setor de agronegócios no ranking das Melhores Cidades para Fazer Negócios, elaborado por consultoria especializada. A cidade também se destaca pelas belas vinícolas e paisagens naturais, principalmente em passeios de barco pelo “Velho Chico” (rio São Francisco), que é considerado um dos maiores atrativos da região.

O aeroporto tem endereço na BR-235, km-11, na zona rural de Petrolina, localizando-se a cerca de 3,5 MN a NW do centro urbano. O “sítio” aeroportuário ocupa área de 4.106.673 m². O terminal de passageiros tem área de 3.400 m², com capacidade de cerca de 1,5 milhões de passageiros/ano. O Terminal de Logística de Carga de Petrolina foi inaugurado em 1995. Em julho de 2002, o aeroporto foi alfandegado a título permanente (o aeroporto foi em 2000 alfandegado em caráter extraordinário visando atender transporte de cargas internacionais – do pólo de fruta). Hoje, o aeroporto é habilitado para o tráfego internacional de carga, com esta operação estando sujeita à prévia autorização da ANAC.

O aeroporto de Petrolina/Senador Nilo Coelho (SBPL) pode ser utilizado regularmente por aeronaves compatíveis com o RCD 4E ou inferior. Em caráter de “Operações Especiais” são permitidas as operações da aeronave Boeing 747-8 de acordo com os procedimentos especiais descritos no MOPS aprovado pela ANAC.

Em elevação de 1.263 pés, o aeroporto tem pista (13/31) de 45 x 3.250 m., de asfalto, com resistência de pavimento PCN 80 e resistência de subleito baixa. A faixa de pista é de 300 x 3.370 m.

A pista 31 tem RESA de 90 x 90 m., provida pelo deslocamento da cabeceira 13 em 490 m. As distâncias declaradas para operação são:

RWY   TORA (m.)      ASDA (m.)      TODA (m.)      LDA (m.)
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13        3.250               3.250               3.250               2.760 [=3.250-490]
31        2.760               3.250               2.760               3.250
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A cabeceira 13 é dotada de sistema de indicação de rampa de aproximação de precisão (PAPI) com ângulo de 3,05° e MEHT de 102 pés (operado pela NAV Brasil). A pista é dotada de iluminação (balizamento), com luzes de cabeceira, luzes laterais ao longo da pista principal (cada 60m.) e das pistas de taxiamento.

Á área de movimento se compõe de um pátio de aeronaves – o pátio 1 (aviação comercial) de  4.542 m², com duas posições “C”, o pátio 2 (aviação geral) de 4.290 m², com 6 posições “A”, e o pátio 3 (aviação cargueira) de 9.191 m², com 3 posições “C” ou uma posição “E” -, somando área de 18.023 m². São três taxiways – a TWY “C” paralela à pista principal interligando pátio com TWY “B” no “terço” do lado cabeceira 31 e a TWY “A” de interligação central pátio/pista principal.

No “sítio” está implantado um rádio-auxílio a navegação VOR/DME “Petrolina” (PTL), operado pela NAV Brasil, que baliza vôos em rota em espaço inferior (Z36) e superior (UZ20, UZ27 e UZ61) e procedimentos de aproximação IFR no aeroporto (SBPL).

O aeroporto opera vôos com serviços de informação de tráfego aéreo de aeródromo (AFIS/Rádio), prestado pela NAV Brasil, em regime de funcionamento 24H.

O aeroporto tem homologação para operação VFR diurna/noturna e IFR diurna/noturna (de não-precisão) nas duas pistas/cabeceiras.

A operações IFR contam com procedimento de saída do tipo OMNI para decolagem das duas cabeceiras (sem mínimo operacional de saída específico para operação no AD – “Mínimo SID” -, resultando a condição aplicável de “Mínimo de Aeródromo”, com “Mínimo Regular para Decolagem” [i] igual à visibilidade mínima prevista em procedimento de aproximação para aeronave monomotor e [ii] de 1.600 m. para aeronave de dois ou mais motores.

Existem procedimentos de aproximação IFR por navegação convencional balizado por VOR e por navegação por satélite para as as duas cabeceiras, para operação de aeronaves de categoria “A” até “D”.  Os “Mínimos” dos procedimentos são:

Pista    proc.    MDA/DA (pés)            vis. (m.) – A/B             vis. (m.) – C/D
13        VOR    1.770 [520]                       1.600                           2.400
            RNP    1.570 [320]                       1.600                           1.600 [1]
                        1.505 [256]                       1.300                           1.300 [2]
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31        VOR    1.640 [380]                       1.600                           1.700
            RNP    1.640 [380]                       1.600                           1.700 [1]
                        1.551 [292]                       1.400                           1.400 [2]
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Obs.: [1] RNP – operação no modo LNAV / [2] RNP – operação no modo LNAV/VNAV