AENA assume “Congonhas”, em SP, em 03.11.23


Conforme nota postada no portal institucional do MPOR, no dia 26 passado, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, visitou o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, quando recebeu o plano de investimento que a AENA Brasil (nova concessionária do terminal) aplicará durante a gestão do contrato de concessão.

De acordo com a nota, entre as melhorias previstas estão:
– ampliação do pátio de aeronaves,
– construção de um novo terminal de passageiros,
– revitalização da fachada, e,
– ampliação da sala de embarque remoto.

A visita no aeroporto de Congonhas teve início no final da manhã do dia 26. Na oportunidade, o ministro visitou as obras de reforma de um terminal em área remota e a sala sensorial recém-inaugurada.

“A gente terá um conjunto de melhorias na governança do aeroporto para atender bem à população de São Paulo e de todo Brasil”, observou Costa Filho. O titular do MPOR visitou também a torre de controle do terminal e um hangar tombado.

“Estou muito feliz com o que foi me apresentado aqui hoje. Tenho a plena certeza de que a concessionária garantirá conforto, comodidade e qualidade na prestação de serviços de milhões de passageiros que passam todo ano em Congonhas”, afirmou o ministro Costa Filho.

Com nota postada no dia 27, a ANAC divulgou que a concessionária AENA recebeu representantes da ANAC e do Ministério de Portos e Aeroportos (MPOR) para uma visita técnica no aeroporto de Congonhas no dia 26 de outubro, com o objetivo da apresentação do plano de investimentos e das melhorias que serão implementadas no terminal aeroportuário, após a operadora ter assumido, no dia 17, a operação do aeroporto paulista e mais 10 aeroportos regionais em MG, PA e MS, do bloco da 7ª rodada de concessão pela União.

De acordo com a ANAC, com estimativa nos estudos prévios de R$ 5,8 bilhões em investimentos nos 30 anos de concessão, sendo R$ 3 bi (51,7%) apenas para o Aeroporto de Congonhas, a AENA apresentou à ANAC a proposta inicial dos 11 anteprojetos do bloco da 7ª rodada, que incluirá melhorias nos terminais já existentes visando uma melhor experiência aos passageiros, além de novas infraestruturas a curto e médio prazos, que incrementarão ainda mais a segurança das operações. As medidas fazem parte das etapas previstas no contrato de concessão.

Agora, a concessionária segue para a fase de consultas às companhias aéreas e associações, para depois oficializar os investimentos nos anteprojetos que serão apresentados à Agência. É mais qualidade no transporte aéreo brasileiro com foco nos passageiros: mais investimentos, mais infraestrutura, mais conforto e mais eficiência.

Com nota no dia 17 no seu portal, a AENA divulgou que, às 0h do dia – uma terça -, o aeroporto de Congonhas, passava para sua administração. O primeiro vôo sob a nova gestão foi o Gol 1553, proveniente de Recife e com pouso no terminal da capital paulista às 06h03. A primeira decolagem foi do vôo Azul 4006, às 06h09, com destino a Belo Horizonte. Na primeira meia-hora de operação, foram 12 vôos com 100% de pontualidade.

Entre as melhorias de curto prazo para o terminal da capital paulista, estão ampliação da sala de embarque remoto, readequação das vias de acesso, reforma dos banheiros e revitalização da fachada.

Na Fase I-B, os principais investimentos serão:
– revitalização dos pavimentos das pistas de táxi,
– ampliação do pátio de aeronaves, com novas posições de contato, e,
– outras melhorias ambientais e de sustentabilidade.

Também a construção de um novo terminal de passageiros, com mais pontes de embarque e uma experiência de viagem completamente nova para o passageiro.

A entrega das obras da Fase I-B de Congonhas está prevista para junho de 2028. 

Leiloado pelo Governo Federal em agosto de 2022, na 7ª rodada de concessão de aeroportos, o terminal paulista aplicará cerca de R$ 2 bilhões durante os 30 anos da AENA à frente do aeroporto.

Congonhas é o segundo aeroporto brasileiro com maior volume de passageiros transportados. Atende a segunda Ponte-aérea mais movimentada em termos de assentos ofertados na América Latina e é o terceiro mais conectado domesticamente no continente. 

O aeroporto de Congonhas teve um fluxo de 22,2 milhões de passageiros em 2019, ano antecedente à pandemia COVID. No último ano (2022), segundo dados da ANAC, mais de 17,7 milhões de pessoas embarcaram e desembarcaram no terminal, ficando atrás apenas do aeroporto de Guarulhos (SP), que transportou mais de 23,2 milhões de viajantes no mercado doméstico.

Até o final deste ano, a previsão é que mais de 22 milhões de passageiros passem pelo aeroporto.

De janeiro a agosto deste ano, mais de 14,1 milhões de passageiros passaram pelo aeroporto de Congonhas. O valor representa aumento de 27% na comparação com igual período do de 2022.

Por dados do DECEA/CNGA, “Congonhas” teve 197.184 movimentos (pouso/decolagem) em 2022, ocupante o segundo posto no ranking brasileiro, atrás de “Guarulhos” – com 245.163 movimentos (uma diferença de 47.979 movimentos, ou 24,3%) e à frente de “Brasília” – com 135.626 movimentos (uma diferença de 61.558movimentos, ou 45,4%).

Por dados do DECEA/CGNA, de janeiro a agosto deste ano foram 154.486 movimentos, uma diferença de 28.644 movimentos, ou 22,8%, sobre o acumulado no período em 2022 (de 125.842 movimentos).

Em agosto do ano passado, a AENA venceu a licitação da sétima rodada de concessões para gerir 11 aeroportos nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Pará. O aeroporto de Congonhas é o terceiro dessa rodada a passar para o controle da AENA. A empresa assumirá a operação dos demais aeroportos, de forma escalonada, até o dia 30 de novembro. 

Antes mesmo de iniciar as operações, a AENA já realizou investimento de R$ 3,3 bilhões em pagamentos iniciais. Durante a primeira fase do processo, foram feitas a elaboração e aprovação dos planos de transferência operacionais. Para isso, a companhia fez visitas técnicas aos 11 aeroportos com uma equipe de mais de 60 profissionais, que participaram de 40 reuniões com cerca de 100 stakeholders diferentes. A AENA também promoveu quase 14 mil horas de treinamento a mais de 170 profissionais que vão atuar nesses aeroportos.