Aeroporto de Foz do Iguaçu (PR) ganhará grande expansão de capacidade de operação (em pax./ano) do TPS (terminal de passageiros) ainda neste ano, a partir da conclusão de obras prevista para novembro, em 29.06.24


Nota do MPOR no dia 17 divulgou que, com cerca de 60% das obras de ampliação concluída, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, visitou, no início da tarde do dia 17, as intervenções que estão sendo realizadas no Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu/Cataratas (SBFI), no Paraná, pela concessionária CCR Aeroportos.

Costa Filho conferiu de perto as melhorias que vão dar mais comodidade e segurança aos turistas do Sul. Uma das áreas visitadas pelo ministro foi a nova área de check-in do aeroporto, que deverá começar a ser utilizada ainda neste mês.

Costa Filho revelou que as obras estão na fase final e, ainda neste ano, serão entregues para os passageiros.

“Sob orientação do presidente Lula, nós estamos trabalhando para modernizar os aeroportos brasileiros para elevar a qualidade dos nossos terminais e ampliar a malha aérea doméstico e internacional, promovendo a oferta de vôos e a ampliação da conectividade aérea. A previsão é que os trabalhos sejam concluídos em novembro deste ano”, Costa Filho destacou.

Fronteiriço com o Paraguai, o “sítio” aeroportuário de Foz do Iguaçu/Cataratas é a principal porta de entrada para um dos principais cartões-postais do Brasil: o Parque Nacional do Iguaçu.

Em 2021, na 6ª Rodada de Concessões Aeroportuárias pelo Governo Federal, o Grupo CCR arrematou os aeroportos dos Blocos Sul e Central, incluindo o Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu – Cataratas, no Bloco Sul (com mais os aeroportos de Curitiba/PR, Londrina/PR, Bacacheri/PR, Navegantes/SC, Joinville/SC, Pelotas/RS, Uruguaiana/RS e Bagé/RS). O início da operação do “Cataratas” pela CCR Aeroportos, sucedendo a INFRAERO, foi em 2022.

Gerido sob concessão federal desde 2022 pela CCR Aeroportos, o aeroporto de Foz do Iguaçu é o segundo mais movimentado do Paraná e quinto da região sul, segundo o MPOR. No ano passado (2023), mais de 1,8 milhões de passageiros e turistas (64% da atual capacidade) passaram pelo terminal, valor que representou crescimento de 28% na comparação com o ano anterior. A capacidade atual do terminal, na informação da CCR, é de 2,8 milhões pax/ano.

Com as estatísticas do CGNA/DECEA, em termos de movimentação de aeronaves, no ano passado (2023), o “Cataratas” ocupou a 41ª posição no ranking nacional, com 17.804 movimentos no ano (uma média de 1.484 mov./mês, tendo sido registrados 1.704 movimentos no máximo e de 1.331 movimentos no mínimo), com uma alta sobre 2022 de 20%.

Em maio passado, o “Cataratas” operou 1.462 movimentos, na 43ª posição no ranking nacional. No acumulado do ano (em 5 meses), são 7.402 movimentos, uma movimentação mensal média 1.480,  tendo sido registrados 1.510 movimentos no máximo e de 1.448 movimentos no mínimo).

Conforme CGNA/DECEA, o “Cataratas” tem capacidade de pista de 16 movimentos/hora, o equivalente a 11.520 movimentos/mês , ou 140.160 movimentos/ano.
De acordo com os Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) para a concorrência da concessão, os investimentos estimados para os 9 aeroportos do Bloco Sul devem somar R$ 2,85 bilhões.

Nas obrigações previstas para investimentos no lado ar, constam:
– disponibilizar pátio de aeronaves para acomodar, de forma simultânea e independente, 13 posições de aeronaves código C;
– prover sistema de luzes de indicação de rampa de aproximação PAPI nas cabeceiras;
– implantar RESA nas cabeceiras;
– realizar adequações de infraestrutura necessárias para habilitar o aeroporto para operação, no mínimo, com uma pista de aproximação de não-precisão, sem restrição, diurno e noturno, aeronave código C, e:
(i) aproximação de precisão Categoria I, diurna e noturna, e,
(ii) caso adequações de infra. demandem a construção de uma nova pista, esta bem como pistas de táxi deverão ser adequadas aos requisitos para operação de aeronave de código 4D, com operação de aproximação de precisão, diurna e noturna, em até 60 meses (5 anos).

No total, a concessionária CCR Aeroportos vai aplicar cerca de R$ 370 milhões na infraestrutura local. As intervenções vão permitir triplicar a capacidade operacional do terminal, passando de 2 milhões de passageiros (pela nota do MPOR) ano para 6 milhões. Outra importante melhoria será a ampliação da pista de pouso e decolagem, que será ampliada 600 m., para 2.800 m.

O “Cataratas” (em elevação de 787 pés) tem pista (15/33) de 45 x 2.195 m., de asfalto, com resistência de pavimento PCN 67 e resistência de subleito alta e pressão admissível máxima de pneus média (de até 1,75 MPa, ou 253,75 psi). A cabeceira 15 está em elevação de 732 pés (-55 pés para o ARP), a cabeceira 33 em elevação de 786 pés, uma diferença de 54 pés (16,46 m.). As duas cabeceiras são dotadas de sistema de luzes de indicação de rampa de aproximação de precisão (PAPI).

As distâncias declaradas da pista são, com a consideração que os últimos 90 m. da pista 15 e os últimos 100 m. da pista 33 estão “fechados” para pouso e decolagem para provimento de RESA:

RWY   TORA (m.)      ASDA (m.)      TODA (m.)      LDA (m.)

15        2.105               2.105               2.995               2.105
            [=2.195 – 90]                                                              [=2.195 – 800]
33        2.095               2.095               2.995               2.095
            [=2.195 – 100]                                                            [=2.195 – 800]
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A faixa de pista preparada é de 280 x 2.315 m., havendo nas duas extremidades áreas livres (CWY) de 150 x 800 m.

São 3 taxiways (de interligação trecho central da pista com pátio #1/TPS) – TWY “A”, de 25 m. largura, “B”, de 30 m. largura, “C”, de 23 m. largura – asfaltadas (com resistência de pavimento PCN 51 e resistência de subleito média e pressão admissível máxima de pneus média, de até 1,75 MPa ou 253,75 psi). A taxiway no pátio (APN) considera-se com largura de 25 m.

O tipo de operação por pista/cabeceira:
– cabeceira 15: VFR Diurno/Noturno e IFR Precisão CAT-I (com sistema ILS) Diurno/Noturno; e,
– cabeceira 33: VFR Diurno/Noturno e IFR Não-precisão Diurno/Noturno.

O aeroporto opera vôos com serviço de controle de tráfego de aeródromo, dispondo de serviço ATIS.

O aeroporto pode ser utilizado regularmente por aeronaves compatíveis com o código de referência 4C ou inferior. ROTAER informa que o uso simultâneo da pista (15/33) por aeronaves com código de referência (RCD) 3 a 4 da “taxiway paralela” situada no pátio de parqueamento, por qualquer aeronave, somente é permitido em Condições Meteorológicas de Vôo Visual (VMC).

As intervenções no “sítio” aeroportuário incluem duas etapas: lado ar (composto pela área de movimento de um aeródromo e terrenos e edificações cujo acesso é controlado) e o lado terra (formado pela área comum onde todos podem circular, como estacionamentos, áreas de lojas e quiosques no saguão do terminal de passageiros).

As intervenções no “sítio” aeroportuário no lado ar consistem:
– revitalização e ampliação da pista de pousos e decolagens;
– adequações na faixa preparada;
– construção, recuperação e adequação de nova taxiway;
– bacia de contenção; e,
– novo pátio (ampliação de 8 para 13 posições)

As intervenções no “sítio” aeroportuário no lado terra consistem:
– reforma e ampliação do Terminal de Passageiros;
– readequação de 4 pontes de embarque;
– construção de um Terminal de Cargas Internacional e três Terminais de Cargas Domésticos; e,
– realocação do Parque de Abastecimento de Aeronaves

A CCR apresenta as seguintes características do “Cataratas” (SBFI):
– sítio aeroportuário de 2.692.116,04 m²
– pátio de aeronaves: #1, de 62.817 m² (aviação comercial e aviação geral)
– parqueamento de aeronaves: pátio 1: 13 posições C + 1 posição C-tamanho inferior, ou 9 posições C + 1 posição C tamanho inferior + 4 posições B + 2 posições A
– pista de taxiamento: 3 taxiways (de interligação trecho central da pista com pátio #1/TPS)
– pista (pouso/decolagem): 45 x 2.195 m.
– Terminal de Passageiros (TPS): 21.750 m² – capacidade de 2,8 milhões pax/ano, aproximadamente
– Pontes de embarque: 4

Para operação no aeroporto, dois NOTAM, de âmbito de aeródromo, vigentes informam:
– N0138, de 28/12/23, com validade de 28/12/2023 até 14/11/2024, informa que a área pavimentada anterior a cabeceira 15 é proibida para operações devido à não-homologação.
– E2103/24N, de 10/04/2024, com validade de 10/04/2024 até 01/07/2024, informa a inoperância do sistema de luzes de aproximação (ALS), do tipo ALSF-1 (sistema ALS categoria 1 com flash). Não existem informações em ROTAR e em  AIP quanto a um sistema ALS instalado e aprovado.