Aeroporto de Recife (PE) conta com novo procedimento de aproximação, RNP-AR, para operações com visibilidade reduzida de até 1.400 m., em 31.10.23


Conforme notícia postada no seu portal no dia 25 de agosto, a AENA Brasil divulgou a efetivação no dia 10 de agosto, com ciclo AIRAC, de um novo procedimento de aproximação IFR para o Aeroporto do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre (SBRF): o procedimento RNP-AR da pista 18 (IAC RNP-AR “Y” RWY 18).

Nesta data (10/08/23), até o presente momento, o “Guararapes” passa a dispor de cinco procedimentos de aproximação, de não-precisão, de navegação convencional balizada por auxílio VOR e navegação satelital (RNP), para operação nas duas cabeceiras:
– VOR RWY 18, com data de efetividade de 05/10/2023
– RNP RWY 18, com data de efetividade de 18/05/2023
– RNP Y RWY 18 (AR), com data de efetividade de 10/08/2023
– VOR RWY 36, com data de efetividade de 05/10/2023
– RNP RWY 36, com data de efetividade de 18/05/2023

O “Guararapes” conta com sistema ILS CAT-I para aproximação para pista 18, havendo duas cartas de procedimentos IAC ILS (um deles requerendo certificação RNAV). Conforme NOTAM de revisão B1418/23R de 29/09/2023, com validade de 29/09/23 até 02/11/23, o sistema ILS para pista 18 está fora de serviço. Este NOTAM sucede os NOTAM de revisão B1417/23 e inicial B1230/23N, de 30/08/2023, com validade de 30/08/23 até 30/09/23. Na nota, a AENA ressalta que o sistema ILS não é um equipamento obrigatório para o funcionamento do Aeroporto do Recife.

De acordo com a nota da AENA, o novo procedimento RNP-AR “permite operação com visibilidade mínima de até 100 m. de altura e 1.400 m. de distância da pista de pouso. A medida oferece um avanço em relação aos 150 m. de altura e 2.200 m. de distância, necessários antes dessa providência. O procedimento funciona por meio de equipamentos de geolocalização embarcados nas aeronaves e requer tripulação habilitada para utilizá-lo, usualmente disponíveis em boa parte dos vôos que chegam ao Recife”.

Ainda na nota, a AENA informava  que, dentro de 20 dias, ficariam prontos os trabalhos de calibragem, realizados pelas autoridades aeronáuticas para o religamento do Glide Slope (GS) do sistema ILS, e que, com o religamento do sistema, “operações com visibilidade mínima de 1.200 m. e 70 m. [230 pés] de altura voltam a ocorrer”.

A AENA também divulgou na nota, além do novo procedimento IAC RNP-AR, o andamento das providências para o religamento completo do sistema ILS da pista 18, sistema gerido pelos órgãos de navegação aérea e que permite a aproximação por instrumentos em solo, informando a localização da pista e a rampa de pouso. Os trabalhos de ajustes e calibragem devem estar completados em cerca de 20 dias, seguindo-se então os prazos para elaboração e publicação das novas cartas de navegação. O ILS permitirá a operação com visibilidade mínima de cerca de 70 metros [230 pés] de altura e 1.200 metros de distância, um ganho adicional menor do que o obtido agora com o novo procedimento RNP-AR.

Na nota, a AENA registra que “sistema ILS não é um equipamento obrigatório e nem uma exigência da ANAC para a concessão nem para o funcionamento do Aeroporto do Recife”. A concessionária-operadora aeroportuária informa que, de maio até agora, mesmo com um “Teto” operacional mais restrito, apenas 0,72% dos vôos foram alternados para outros aeroportos ou cancelados, um total de 128 vôos entre 17.773 operações.

Como a pista passou por melhorias, inclusive com a instalação de zonas de segurança de segurança antes inexistentes, como as RESA (Runway Escape Safety Area – aérea de segurança para escape de pista), um dos equipamentos do sistema ILS (do GS – Glide Slope) precisa ser movido para funcionar de acordo com a nova localização da cabeceira. No fim de maio, para cumprir as obrigações contratuais da concessão, a cabeceira da pista teve que ser realocada e o Glide, desativado.

De acordo com a AENA, o desligamento do sistema ILS foi imprescindível até a conclusão do processo de análise do reposicionamento do equipamento e a revisão de cartas de navegação (com procedimentos de aproximação) pelos órgãos de navegação aérea (o DECEA), que estavam em andamento à data da notícia. Caso o equipamento permanecesse ligado, as operações aéreas poderiam ser induzidas a erros. A AENA divulgou que vem mantendo reuniões e trocas de documentos com os órgãos competentes desde o segundo trimestre de 2022, e finalmente, em 16 de dezembro de 2022 abriu junto ao CINDACTA-III o processo de ajuste. Entre maio e junho, ajustes ao projeto foram solicitados e entregues pelo aeroporto. 


Texto completo – com informações aeronáuticas de aeródromo:
https://aib-el.com.br/site/wp-content/uploads/2023/10/Aeroporto-Recife-PE-conta-c.-novo-procedimento-aproximacao-RNP-AR-para-operacoes-visibilidade-reduzida-de-ate-1.400-m.-em-25.10.23.pdf