AIA (Associação de Indústrias Aeroespaciais) junto com a consultoria Accenture publicam relatório do avanço da indústria (em projeto, tecnologias aeroespaciais e processos de produção) para a sustentabilidade, em 24.04.22


Com o advento da consciência por sustentabilidade e esta se tornando cada vez mais uma meta crucial para o crescimento da aviação, grande parte do foco inicial foi no desenvolvimento de combustíveis sustentáveis. Mas um novo relatório divulgado recém divulgado (no dia 19) pela AIA – Aerospace Industries Association (Associação de Indústrias Aeroespaciais) em conjunto com a consultoria Accenture destaca os avanços no projeto, tecnologia e fabricação de aeronaves que também devem ser alcançados para que a indústria atinja as metas de descarbonização.

Como o número de passageiros aéreos em todo o mundo deve dobrar nas próximas duas décadas, sem uma de ação as emissões de carbono relacionadas à aviação provavelmente aumentarão em 40% nesse período.

O relatório “Horizon 2050: A Flight Plan for the Future of Sustainable Aviation” – “Horizonte 2050: Um Plano de Voo para o Futuro da Aviação Sustentável” –
https://www.aia-aerospace.org/report/horizon-2050-new-report-from-aia-accenture-details-strategic-plan-for-the-future-of-sustainable-aviation/
– apresenta uma análise aprofundada das tecnologias em desenvolvimento, seu potencial de redução de emissões e entrada em serviço estimada (através de uma visão de curto, médio e longo prazo).

Até 2030, a expectativa é que as melhorias na propulsão tradicionalmente abastecida, como motores turbofan com caixa de redução (GTF – Geared TurboFan) e motores de núcleo de alta compressão, sejam implementadas, juntamente com avanços de design em dispositivos de ponta de asa e superfícies ranhuradas (alinhadas com fluxo de ar).

Para a próxima década, o relatório prevê que a propulsão híbrida-elétrica se tornará mais comum, com o uso crescente de compostos avançados.

Para além de 2040, prevê-se que a propulsão a hidrogênio e as células de combustível proporcionem poupanças nas emissões de gases com efeito de estufa, juntamente com inovações estruturais, tais como corpos com asas mistas (do conceito aerodinâmico “blended wing body”) e asas transônicas com suporte reforçado (do conceito “transonic trust-braced wings”) que entraram em serviço.

O relatório conclui que apoio governamental será vital para promover o desenvolvimento dessas tecnologias e inclui um roteiro para ajudar a moldar os padrões da indústria para garantir sua incorporação segura e rápida.

“Não há bala de prata quando se trata de atingir a meta da indústria de emissões líquidas zero de carbono até 2050”, disse o coautor do relatório da AIA para aviação civil, David Silver. “Mudanças dramáticas nas operações e infraestrutura do aeroporto, compensações e combustíveis de aviação sustentáveis e, crucialmente, tecnologias aeroespaciais de ponta têm um papel a desempenhar para tornar esse objetivo uma realidade”. [EL] – c/ fontes