Airbus lança projeto de demonstrador de asa de alto desempenho, com desenvolvimento de novos conceitos de asa de alto-perfomance para aeronaves futuras com novas tecnologias, dentro do programa “Asa do Amanhã”, em 25.09.21

Nesta quarta dia 22, a Airbus lançou um projeto de demonstrador de asa de alto desempenho focado na aceleração e validação de tecnologias que irão melhorar e otimizar a aerodinâmica e o desempenho das asas para qualquer aeronave futura. O demonstrador, em escala, irá integrar e voar tecnologias inovadoras de asas em uma plataforma de jato executivo Cessna Citation VII em condições de vôo representativas. As aplicações da asa de desempenho extra serão compatíveis com qualquer solução de propulsão e configuração de aeronave e reduzirão as emissões de CO₂, contribuindo muito para o roteiro de descarbonização da Airbus.
“O demonstrador de asa de extra-performance da Airbus é outro exemplo das novas soluções orientadas para a tecnologia da Airbus para descarbonizar o setor de aviação”, disse Sabine Klauke, diretora-técnica da Airbus, para acrescentar: “A Airbus está continuamente investigando soluções paralelas e complementares, como infraestrutura, operações de vôo e estrutura da aeronave. Com este demonstrador, faremos avanços significativos na tecnologia de controle ativo por meio de pesquisas e testes aplicados de várias tecnologias inspiradas na biomimética [biomimicry – ciência do estudo das estruturas biológicas e suas funções, visando compreender a natureza, suas estratégias e respostas, para desenvolver sistemas sintéticos para fenômenos similares aos encontrados nos sistemas biológicos]“.
Semelhante a como uma águia voa, adaptando a forma, extensão e superfície de suas asas e penas, o demonstrador da Airbus permitirá maior eficiência de vôo. Vários blocos de tecnologia serão investigados para permitir o controle ativo da asa, incluindo: sensores de rajada, spoilers pop-up ou placas que são rapidamente desviadas perpendicularmente ao fluxo de ar, bordas de fuga multifuncionais que mudam dinamicamente a superfície da asa em vôo e uma articulação semi-aeroelástica.
O demonstrador está hospedado na Airbus UpNext, uma subsidiária de propriedade total da Airbus criada para dar um desenvolvimento rápido de tecnologias futuras, construindo demonstradores em velocidade e escala, a fim de avaliar, amadurecer e validar novos produtos e serviços em potencial que abrangem avanços tecnológicos radicais.
Complemento:
Nesta semana, a fabricante aeronáutica francesa confirmou que está trabalhando no que denomina “asa de extra-performance” que terá a capacidade de adaptar forma, envergadura e superfície durante vôo.
O completamente novo design de asa objetiva gerar eficiências operacionais adicionais e reduzir consumo de combustível e emissão de dióxido de carbono.
Um asa-demonstradora em escala proporcional integrada em um jato executivo Cessna Citation VII está previsa para ser testada em vôo até meados da década, disse Sabine Klauke, diretora-técnica/chefe do setor técnico da Airbus, durante o seminário de sustentabilidade da fabricante na sua base em Toulouse.
O projeto está correndo em conjunto com o programa de pesquisa Wing of Tomorrow (WoT) – “Asa do Amanhã” -, da Airbus, que se concentra na exploração de novos materiais, novas tecnologias em aerodinâmica e arquitetura de asas, e como a fabricação e a industrialização de asas podem ser aprimoradas para atender à demanda futura. O projeto de demonstrador de asa extra-desempenho concentra-se na aceleração e validação de tecnologias que irão melhorar e otimizar a aerodinâmica da asa e o desempenho de qualquer aeronave futura. Os dois projetos são “completamente complementares”, enfatizou Sabine, observando que ambos contribuem para o roteiro de descarbonização da Airbus.
“A Airbus está continuamente investigando soluções paralelas e complementares, como infraestrutura, operações de vôo e estrutura da aeronave”, disse Sabine.
As tecnologias de asas extra-performance são inspiradas na biomimética, simulando as asas e penas de uma águia voando. Vários blocos de tecnologia serão investigados para permitir o controle ativo da nova asa, incluindo sensores de rajada, spoilers pop-up ou placas que são rapidamente desviadas perpendiculares ao fluxo de ar, bordas de fuga multifuncionais que mudam dinamicamente a superfície da asa em vôo e um sistema de articulação semi-aeroelástica.
Os ganhos de eficiência projetados da asa de extra-desempenho devem ser “tão revolucionários quanto os Sharklets”, afirmou Sabien. “Estamos realmente visando o mesmo tipo de níveis de melhoria, ainda mais”, completou Sabine.
De acordo com a Airbus, seus Sharklets (grandes dispositivos/winglets de ponta de asa) oferecem pelo menos 3,5% de redução no consumo de combustível em setores mais longos nos modelos da Família de jatos A320. As aplicações da asa de extra-performance seriam compatíveis com qualquer solução de propulsão e configuração de aeronave, observou a Airbus.
Enquanto isso, o programa WoT da Airbus europeu atingiu um “marco importante” nesta semana com a montagem de seu primeiro protótipo de asa em tamanho real, disse Sabine.
Sabine descreveu o programa, que é parcialmente financiado pelo Instituto de Tecnologia Aeroespacial do Reino Unido e envolve parceiros globais e equipes em todas as unidades européias da Airbus, como “um exemplo de como a colaboração em grande escala da indústria será crítica para alcançar a agenda do nosso setor para um futuro sustentável”.
O fornecedora aeroespacial de multitecnologia de nível um da Grã-Bretanha, GKN Aerospace, entregou bordo de fuga da asa de seu centro de tecnologia global com sede em Bristol, no Reino Unido, para a fábrica de produção de asas da Airbus em Broughton, também no Reino Unido.
“A fabricação do primeiro bordo de fuga fixo composto no programa WoT é uma grande conquista”, disse John Pritchard, presidente da fuselagem civil da GKN. “Estamos orgulhosos de estar a bordo do programa de pesquisa WoT da Airbus. A fabricação de estruturas de asas compostas mais leves, resistentes e de baixa manutenção contribuirá para as metas de sustentabilidade da indústria aeroespacial e ajudará a moldar o futuro do vôo”, completou Pritchard. [EL] – c/ fontes