ANAC certifica dos novos modelos de monomotor de 2 assentos (em tandem) da fabricante italiana Blackshape – BK 160-200 e BK 160TR, em 16.12.23


Em nota postada no dia 12 no seu portal, A ANAC divulgou que emitiu o Certificado de Tipo para dois modelos de aeronaves da fabricante italiana Blackshape S.p.A (Blackshape Aircraft), o BK 160-200 e o BK 160TR. Com a certificação, operadores brasileiros já podem utilizar as duas aeronaves no país.

Originalmente, os aviões foram certificados em 2022 pela EASA (European Union Aviation Safety), a autoridade de aviação civil européia). 

Site da Blackshape Aircraft:
https://blackshapeaircraft.com/
L
ançados com o nome comercial de “Gabriél”, os modelos BK 160-200 e BK 160TR apresentam similaridades: as duas são aeronaves monomotor, asa baixa, com dois assentos e peso máximo de decolagem de 850 kg. As aeronaves podem atingir uma velocidade máxima de cruzeiro de até 285 Km/h (154 kt). As duas possuem trem de pouso retrátil e operam na altitude máxima de 3.505 m. (11.500 pés).  Os modelos são aprovados para operação VFR diurno e noturno e não podem operar em condições conhecidas de gelo. O que difere os modelos é o fato do BK 160TR ser uma evolução do BK 160-200, principalmente quanto ao sistema aviônico Garmin G3x, piloto-automático Garmin GFC500 e utilização de baterias de lítio de 24V – 23,4 ampere-hora (Amp./hora).
Site da Blackshape Aircraft – linha “Gabriél”:
https://blackshapeaircraft.com/gabriel/

As principais características:
1 – dimensões e Peso (MTOW):
1.1 – comprimento de 24,41 pés [7,44 m.]
1.2 – altura de 8,07 pés [2,46 m.]
1.3 – asa de envergadura de 29,52 pés [9 m.], com área alar de 110,98 pés² [10,31 m²]
1.4 – MTOW de 1.873,4 lb. [850 kg]
2 – grupo motopropulsor: motor Lycoming IO-320-D1B, de 160 HP, com hélice tripá Hartzell Raptor Series Composites [relação peso/potência de 5,32 kg/HP)
3 – sistemas:
3.1 – fuselagem com estrutura completa de composite de fibra de carbono, com dois sistemas de controle de vôo (dual control stick)
3.2 – 2 tanques de combustível anti-explosão
3.3 – trem retrátil, com sistema de abaixamento de emergência mecânico
3.4 – freios diferenciais
3.5 – bagageiro para até 72,75 lb. [33 kg]
4 – Performance:
4.1 – velocidade máxima (nivelada) de 160 KTAS
4.2 – altitude operacional máxima de 15.000 pés
4.3 – fator de carga: +4,4G / -2,0G
4.4 – alcance em regime de melhor economia (best economy range) de 400 MN
4.5 – distância de decolagem com cruzamento de obstáculo de 50 pés de 1.640 pés [500 m.]
4.6 – distância de pouso com cruzamento de obstáculo de 50 pés de 2.231 pés [680 m.]
4.7 – razão de subida máxima (MTOW / NMM) de 1.350 pés/min
5 – Aviônica:
5.1 – Suíte com PFD EFD1000 Pro e EFD1000, da Aspen
5.2 – tela de monitoramento de motor (EDM) EDM900, da JP Instruments
5.3 – navegadores/comunicação – NAV1/COM1 GTN650 e NAV2/COM2 GNC255, da Garmin
5.4 – transponder GTX335R, Garmin
5.5 – painel de áudio (Audio Panel) GMA340, da Garmin
5.6 – ELT: E04 406 MHz, da ACK Technologies
5.7 – Indicador de reserva de sustentação (Lift Reserve Indicator) – um sistema de alerta anti-estol –     KLR10, da Bendix king (item opcional)

A similaridade entre o layout do cockpit traseiro com o cockpit dianteiro possibilita ainda a utilização da aeronave como treinador de comandos duplos.

Em menos de um ano, após a certificação primária, a ANAC emitiu o Certificado de Tipo nacional, o que atesta a celeridade e compromisso dos processos de covalidação entre as duas autoridades de aviação civil. A validação do Certificado de Tipo da aeronave no Brasil permite que a ANAC conheça de forma detalhada aspectos relevantes de segurança do projeto, com foco na garantia da operação segura e na aeronavegabilidade continuada para os operadores brasileiros.

Segundo o gerente do projeto, Hélio Tarquinio Júnior, a ANAC estabeleceu o nível de envolvimento dos seus especialistas, compatível com o nível de cooperação técnica entre a ANAC e a EASA, constante dos procedimentos para certificação de aeronavegabilidade estabelecidos entre as duas autoridades.