Analistas de mercado financeiro vêem potenciais parcerias para CCR para suas divisões aeroportuária e de mobilidade urbana, em 06.02.24

Fonte: InfoMoney – 06/02/2025
A CCR contratou assessores financeiros para avançar no processo de busca de parceiros para suas divisões de mobilidade urbana e de concessão aeroportuária, segundo reportagem do jornal Valor Econômico. A CCR está disposta a negociar diferentes formatos, dependendo do parceiro e do preço, de acordo com reportagem do Valor.
Ainda de acordo com o jornal, a CCR já iniciou conversas iniciais com potenciais interessados, como as operadoras aeroportuárias francesa Vinci e suíça Zurich, além de fundos de investimento.
A CCR e a Zurich já são parceiras do consórcio BH Airport, com a concessão do Aeroporto de Confins.
A CCR Aeroportos possui 20 ativos (17 no Brasil, 1 no Equador, 1 na Costa Rica e 1 em Curaçao). O maior é o aeroporto de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte.
O Bradesco BBI classifica a notícia como positiva para a CCR, pois a potencial venda de uma participação ou das unidades de negócios reduziria a complexidade da empresa e poderia ser um ‘gatilho’ para desbloquear valor.
Supondo que essas divisões sejam precificadas em seus respectivos múltiplos alvo com base em pares –10,0 vezes para aeroportos e 9,0 vezes para mobilidade –, elas poderiam desbloquear R$ 5,50 por ação da companhia (CCRO3). Com isso, o BBI manteve recomendação de compra e preço-alvo da ação (CCRO3) de R$ 15,00.
O Goldman Sachs destaca que caso avance na venda de ativos não essenciais, isso poderia permitir à CCR direcionar mais capital para seu principal negócio de concessões rodoviárias.
Por outro lado, analistas do Goldman acreditam que a combinação entre o aumento da concorrência por novos ativos via leilões e o atual portfólio robusto da CCR limita o espaço para uma criação de valor significativa por meio de novos projetos no setor de rodovias.
Se os desinvestimentos mencionados se concretizarem, o Goldman Sachs disse que avaliará como a precificação desses ativos poderá impactar a estimativa de valor justo para as ações da CCR. O Goldman Sachs reiterou recomendação de venda e preço-alvo de R$ 12,30.