Após dois sucessivos reportes trimestrais com perdas, Volato corta cinco jatos Honda Jet da frota quase exclusiva do modelo, em meio a questões financeiras, com mudança de “medida de eficiência de custos”; com perda acumulada no primeiro semestre, FlyExclusive corta aeronaves “ineficientes”, em 26.08.24


Em postagem no dia 20, a redatora de notícias da mídia AIN Sarah Rose divulgou que a provedora de aeronaves compartilhadas e fretamento americana Volato cortou cinco aeronaves Honda Jet da sua frota, numa medida que caracterizou como parte dos “esforços contínuos para melhorar a eficiência operacional e a rentabilidade”.

O anúncio ocorreu logo após o relatório financeiro trimestral da empresa registrando um prejuízo líquido de US$ 34,3 milhões no primeiro semestre do ano. No segundo trimestre (2T24), a Volato reportou perda de mais de US$ 17 milhões.

A Volato divulgou que espera uma economia de US$ 1,2 milhões por trimestre como resultado da redução da frota. Mas a Volato ainda espera a entrega de oito a dez HondaJet  Elite S e dois Gulfstream G280 neste ano fiscal. A decisão da redução da frota está supostamente em sintonia com a entrega antecipada de novos Honda Jet e com o ritmo de crescimento da demanda.

A Volato fez declarações públicas anteriores de que está empenhada em instituir ações de redução de custos. Isso inclui a renegociação de arrendamentos de aeronaves, que no caso dessas cinco aeronaves que serão negociadas não teve sucesso em termos adequados aos objetivos financeiros da Volato. Portanto, foi tomada a decisão de encerrar os arrendamentos menos rentáveis ​​como parte de sua estratégia de otimização de sua frota.

A empresa também melhorou a utilização de aeronaves trabalhando em estreita colaboração com a fabricante Honda Aircraft Company para aumentar a disponibilidade e a eficiência da sua frota HJ. Isto permite que a Volato utilize menos aviões para cumprir os seus requisitos de horas de vôo, fortalecendo a sua posição financeira bem como aumentando a partilha de receitas para os cotistas de aeronaves em propriedade compartilhada (fracionada).

A Volato também divulgou que garantiu um empréstimo a prazo de US$ 4 milhões no final do trimestre, que, segundo a provedora, irá melhorar sua “posição de caixa e apoiá-la no caminho para a lucratividade”.

Em meio a isso, a Volato foi informada em 18 de junho pela Bolsa de Valores de Nova Iorque que não estava em conformidade com os padrões de listagem da Bolsa, que exigem que as empresas tenham um patrimônio de pelo menos US$ 2 milhões.

“Sempre fomos transparentes sobre os desafios que enfrentamos, incluindo atrasos nas entregas de aeronaves e a necessidade de gerenciar o tamanho da nossa frota com prudência”, disse Matt Liotta, CEO da Volato. “A decisão de hoje é uma continuação das nossas medidas de redução de custos anunciadas anteriormente e reflete o nosso compromisso em fazer ajustes estratégicos que posicionem a Volato para o sucesso a longo prazo”, completou Liotta.

A Volato Group promove ser a maior operadora de Honda Jet no EUA, anunciou a remoção de cinco aeronaves arrendadas de sua frota como parte de sua estratégia para reduzir custos e aumentar a lucratividade. Ao mesmo tempo da redução da frota, a Volato dispensou vários pilotos.

No dia 19, outra postagem de Rose divulgou que a provedora de vôos por fretamento FlyExclusive reportou perda líquida de US$ 27,854 milhões no segundo trimestre, contra um ganho de US$ 5,84 milhões no mesmo período do ano anterior. No primeiro semestre, a FlyExclusive registrou perda líquida de US$ 60,844 milhões, em comparação com uma perda de US$ 5,881 milhões nos primeiros seis meses de 2023.

“A equipe tem muito do que se orgulhar com o que já realizamos, mas estamos ainda mais energizados com o que podemos realizar nos próximos trimestres e anos”, disse o CEO e fundador Jim Segrave durante uma teleconferência de resultados.

A FlyExclusive tomou medidas para eliminar aeronaves com baixo desempenho nas categorias de jatos supermédios e de cabine larga. Como resultado, as horas de vôo de seus jatos leves e médios aumentaram. “Não vemos isso como um resultado negativo”, disse Segrave.

O processo de eliminação de aeronaves “ineficientes” levou a um trimestre “não-lucrativo”, de acordo com Segrave. Ele observou que a empresa reduziu o número de aeronaves com mau desempenho em 40% neste ano. Segrave também destacou os esforços para a FlyExclusive ser uma “empresa mais simplificada e pública” ao longo do ano.

O site da FlyExclusive informa que a sua frota tem os modelos Cessna Citation CJ3 e CJ3+, Citation Excel/XLS, Citation Sovereign, Citation X e Bombardier Challenger 350. [EL] – c/ fonte