Argus reporta crescimento dos vôos da aviação executiva no 1T25, após 2 anos de quedas, mesmo em cenário global desafiador, em 24.04.25


Em post na plataforma online da mídia no dia 22, Sarah Rose, redatora de notícias na AIN, repercutiu o último reporte de atividade de vôo da aviação executiva global da Argus International.

A provedora de dados por rastreamento de aeronaves reportou um aumento de 1% na atividade de vôos da aviação executiva no primeiro trimestre do ano (1T25). Esse crescimento, embora mínimo, sinaliza uma mudança nas tendências após mais de dois anos de quedas consistentes, oferecendo um vislumbre de otimismo para o setor daqui para frente, aponta a Argus.

“O primeiro trimestre de 2025 está nos livros de história e, mesmo com alguma incerteza econômica persistente, conseguimos ganhar 1% após mais de dois anos de quedas consistentes neste período de três meses”, disse Travis Kuhn, vice-presidente sênior de software da Argus. “A atividade de aeronaves de compartilhamento e [do segmento de transporte por fretamento] PART-135 começou o ano em território positivo, mas a atividade [do segmento de transporte por fretamento] PART-91 e de cabines largas em geral continua sendo segmentos com desempenho inferior. Considerando tudo isso, estamos em uma boa forma como indústria até agora”, completou Kuhn.

Os dados mais recentes da Argus destacam um cenário misto em diferentes setores da aviação executiva.

O mercado norte-americano apresentou resultados positivos, particularmente nas categorias de aeronaves de operação compartilhada (PART-91K) e do transporte por fretamento PART-135, que mostraram crescimento sólido. A atividade de aeronaves compartilhadas foi o destaque, aumentando 7,1% em relação ao ano anterior. Enquanto isso, as operações PART-135 registraram um aumento de 2,2%, continuando uma sequência de quatro meses de ganhos anuais. No entanto, as operações PART-91, que envolvem vôos de aviação geral, apresentaram um ligeiro declínio de 0,9%.

Em contraste, o setor de jatos grandes, tipicamente mais sensível às flutuações econômicas, continuou com desempenho inferior, com uma queda de 1,9% na atividade em comparação com março de 2024. Por outro lado, os turboélices demonstraram o maior crescimento no mês, com alta de 3,6%, enquanto os jatos de médio porte também registraram um aumento expressivo de 3,1%.

Em meio a seus próprios desafios, a Europa registrou uma queda de 2,7% na atividade de vôos em março de 2025, refletindo uma tendência regional mais ampla. A previsão para abril é um pouco menos otimista, com analistas do reporte TraqPak projetando uma queda de 1,2% na atividade de vôos na América do Norte e uma queda de 5,1% na Europa.

Apesar dessas discrepâncias regionais, a indústria global da aviação continua a demonstrar resiliência, com ganhos no Caribe e no Canadá, impulsionados pelo aumento da demanda durante as férias de primavera (hemisfério norte). A perspectiva para 2025 permanece cautelosamente otimista, com setores-chave do setor mostrando sinais de crescimento. [EL] – c/ fonte