Associação de negócios prevê vendas estáveis de combustível por operadores de serviço logístico em aeroporto (FBO) do EUA em 2024, após reporte por muitos provedores de serviços de queda em 2023, em 12.03.24

Após um ano de queda nas vendas de combustível, a indústria de prestares de serviços de apoio aeroportuário está preparada para um ano bastante estável em 2024, de acordo com a pesquisa anual de vendas de combustível e previsão da indústria do ABSG – Aviation Business Strategies Group (grupo de estratégias de negócios da aviação), divulgada nesta terça dia 12 na abertura da Conferência de Agendadores e Despachantes da NBAA (associação da aviação executiva americana), em Fort Worth, no Texas (EUA).
Os diretores do ABSG, John Enticknap e Ron Jackson, disseram que 41% dos entrevistados da pesquisa deste ano relataram uma diminuição nas vendas de combustível durante 2023 em comparação com 2022, que descreveram como “um número incomumente alto”. Isto é 12% superior à proporção de entrevistados que relataram queda nas vendas entre 2021 e 2022.
“Depois que as vendas de combustível de FBO recuperaram em 2021 para níveis pré-pandemia, vimos um abrandamento gradual em todo o espectro do mercado nos últimos dois anos”, disse Enticknap. “Essa tendência de queda parece indicar que o mercado de aviação geral está testando um nível de volume anual de combustível mais baixo, já que os preços do combustível JET-A mantêm-se, em sua maioria, elevados”.
O relatório observou que os preços do petróleo têm oscilado entre US$ 70 e 80 por barril, o que fez com que os custos de JET-A (QAv) subissem acima dos níveis pré-pandemia. Embora as questões geopolíticas possam causar perturbações moderadas a grandes no mercado petrolífero global, o ABSG espera que os preços do petróleo diminuam um pouco antes das eleições no EUA neste outono.
Olhando para este ano, 41% dos entrevistados prevêem que o seu volume de vendas de combustível permanecerá estável em 2024, com outros 30% prevendo um aumento moderado de até 4%, enquanto 14% dos pesquisados prevêem um declínio no seu volume de combustível.
Uma característica padrão da pesquisa do ABSG mede a confiança na economia – e os resultados deste ano revelaram pessimismo, com mais de metade dos entrevistados indicando acreditar que a economia está caminhando na direção errada, contra apenas 20% que a vêem a economia de forma positiva.
O ABSG também pediu aos pesquisados que listassem as principais preocupações do setor. Entre as preocupações foi citado o alto custo de construção de novos hangares. Quase metade dos entrevistados deste ano disseram que não planejavam adicionar nenhum novo espaço de hangar, enquanto 29% indicaram que pretendem adicionar galpões ou hangares de guarda.
Embora muitos operadores de serviços aeroportuários – especialmente aqueles nos principais mercados – estejam perto ou com capacidade total, os custos de construção aumentaram aproximadamente 30% na sequência da pandemia. Este aumento está ligado à inflação, que teve impacto em muitas fases da indústria, incluindo trabalho, bens, serviços, seguros e manutenção de infraestruturas, bem como ao aumento das taxas de operação aeroportuárias e à supervisão regulamentar mais restritiva.
Outra preocupação que os prestadores de serviços aeroportuários enfrentam é o custo potencial da mudança para gasolina de aviação sem chumbo, que muitos temem que possa custar a saída do setor do proprietário médio de aeronaves a pistão.
Completando a lista de questões estão os custos de reparo e substituição de equipamentos de serviço de solo, além de processos de atrair, treinar e reter funcionários qualificados. [EL] – c/ fonte