Ataques de feixe de luz laser a aeronaves aumentam novamente em 2021 no EUA, em 28.10.21


A FAA divulgou que notou o aumento de ataques de feixe de luz laser a aeronaves em 2021, com a indústria vendo o maior número de incidentes do gênero desde 2016.

A FAA recebeu 7.186 notificações de contatos de laser, já excedendo o total de 6.852 em 2020, um aumento de 334 registros (4,87%).

O informe da FAA lembra aos operadores que lasers suficientemente potentes podem “incapacitar completamente” – e cegar temporariamente – os pilotos, uma proposta bastante perigosa para alvos comuns da aviação geral cercados por subúrbios – mas muito mais perigosa quando ocorre com um avião transportando centenas de passageiros.

Infratores com seus lasers brilhando em aeronaves encontrados enfrentam multas da FAA de US$ 11.000 por violação, com um limite de US$ 30.800 para múltiplos ataques.

A FAA emitiu apenas US$ 120.000 em multas em 2021, uma métrica que não surpreende, dada a grande dificuldade de identificar os infratores. Alguns Estados e municípios aumentaram as penalidades para o ato, dada a periculosidade que representa.

A FAA lembra aos pilotos que a importância da necessidade do reporte de ataques de laser para a FAA e para as autoridades locais, pois cada reporte de perigo pode servir para identificar a origem com mais rapidez e precisão.

A FAA, em seus esforços contínuos para interromper os ataques de laser, desenvolveu uma visualização em conjunto com o Tableau para analisar e demonstrar dados de laser de 2010 a 2020, com detalhamento por área geográfica, dados per capita, data, etc.

Conclusões interessantes do Tableau são os incidentes per capita mais frequentes, com o Havaí liderando com 63,71 eventos de laser por 100.000 pessoas, seguido por Washington D.C., Nevada e Porto Rico com 56,11, 45,32, 42,30, respectivamente. Incidentes de laser relatados tendem a ocorrer em altitudes mais baixas, com 24% sendo relatados em ou abaixo de 3.000 pés AGL. [EL] – c/ fontes