Autoridade de Aviação Civil da África do Sul adota obrigatoriedade de limite-calendário de 12 anos para revisão geral (overhaul) de motores de aeronaves, em 17.06.25

A Autoridade de Aviação Civil da África do Sul (SACAA) implementou regulamentação que exige revisão geral (overhaul) de todos os motores de aeronaves com mais de 12 anos.
Editada praticamente sem aviso prévio, a regra suspende mais de 1.400 aeronaves até que o serviço de manutenção de motor seja realizado.
A SACAA argumenta que essa decisão foi tomada puramente por razões de segurança. E que 12 anos é um período padrão indicado por fabricantes de motores para intervalo de revisões, mesmo que o tempo de vôo permaneça abaixo da TBO recomendada. A autoridade sul-africana observa que ignorar essa recomendação – de limite calendário – pode aumentar o risco de falhas mecânicas perigosas e problemas no motor.
“Componentes envelhecidos – particularmente em conjuntos críticos de motores – podem apresentar fadiga do metal, corrosão e degradação da borracha, que são invisíveis durante inspeções externas”, declarou a SACAA. “Os intervalos de revisão são projetados para identificar essas falhas antes que se tornem riscos à segurança”, acrescentou a agência.
O regulador sul-africano incluiu anteriormente uma isenção permitindo que os proprietários de aeronaves mantivessem a aeronavegabilidade por meio de inspeções em vez da idade. No entanto, a SACAA identificou várias inconsistências, inclusive na experiência dos inspetores. Inspetores menos experientes, por exemplo, podiam não perceber sinais de fadiga e deterioração.
“A isenção da inspeção geral criou uma brecha. A segurança não pode depender de interpretações subjetivas da saúde do motor”, observou a SACAA.
Embora as regulamentações de revisão programada não sejam necessárias para a operação privado, normalmente se aplicam a operadores comerciais. O custo de revisões gerais costuma ser menos significativo para esse setor da indústria, ao contrário da aviação geral (transporte privado), onde uma revisão pode custar tanto quanto a própria aeronave.
O preço não é a única crítica à regulamentação. Muitos argumentam que a mudança de política é um excesso de poder que prejudica os operadores locais de vôo panorâmico e instrução de vôo, colocando em risco milhares de empregos. [EL] – c/ fonte