Baron G58 tem incidente de estouro de pneus na corrida pós-toque no pouso no “Campo de Marte” (SP), em vôo de Palmeiras das Missões, no noroeste do RS, em 21.12.21


No dia 17 (de nov.), o bimotor Beechcraft Baron G58 (BE58) de prefixo PP-JTA (registro de produção sn TH-2155, ano de fabricação 2006) decolou do aeródromo de Palmeiras das Missões (SSPL), neste município do RS, com o destino ao Aeroporto Campo de Marte (SBMT), em São Paulo/SP, em vôo do transporte privado, com quatro ocupantes, sendo dois pilotos e dois passageiros.

No pouso no “Campo de Marte”, na corrida pós-toque, às 15:52Z (12:52LT), o pneu do trem de pouso auxiliar (trem de pouso dianteiro) danificou-se, resultando danos leves na aeronave.

A ocorrência está listada no painel SIPAER, como incidente de estouro de pneu. No tocante da investigação, o avião já está liberado para o operador.

A tempo no Campo de Marte era muito bom – com boletins METAR consecutivos reportando condição CAVOK, com vento NW fraco e temperatura do ar elevada chegando a 30ºC e QNH caindo para 1.013 hPa.

METAR SBMT 171400Z 36007KT CAVOK 28/14 Q1015=
METAR SBMT 171500Z 32010KT CAVOK 29/11 Q1014=
METAR SBMT 171600Z 33006KT CAVOK 30/10 Q1013=
METAR SBMT 171700Z 28006KT CAVOK 30/11 Q1012=

Em altitude de 2.371 pés, o “Campo de Marte” (SBMT) tem pista (12/30) de 45 x 1.600 m. (com LDA de 1.300 m. para pista 12 e de 1.450 m. para pista 30), de asfalto. O aeródromo opera vôos VFR com serviço de controle de tráfego aéreo.

O avião está registrado na categoria do transporte privado (TPP/RBAC-91), com distintas Pessoas Físicas entre proprietário e operador, com último registro de compra/transferência em novembro de 2020, estando ora com “Comunicação de venda” no RAB. O avião está aprovado para até cinco passageiros (e piloto) e MTOW de 2.495 kg, para operação IFR, diurna/noturna. O Certificado de Aeronavegabilidade (CA) foi emitido em janeiro de 2020, enquanto o Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) tem validade até outubro de 2022.

O aeródromo público de Palmeira das Missões (SSPL) dista cerca de 170 MN a NW de Porto Alegre (SBPA), a 57 MN a NW de Passo Fundo (RS) e 58 MN a SW de Chapecó (SC). Em elevação de 2.083 pés, tem pista (05/23) asfaltada de 18 x 1.000 m. O Aeroporto Campo de Marte (SBMT) dista 448 MN (em DCT) a NE do aeródromo de Palmeiras das Missões (SSPL), passando na vertical de Curitiba.

Alternativas de Plano de Vôo seriam:
[1] seguir de SSPL para Chapecó (SBCH)/VOR Chapecó (XPC), seguir pela aerovia Z21 (FL mín. 150), ou na projeção desta, até o VOR Curitiba (CTB), seguir pela aerovia Z91 (FL mín. 150) passando pelo fixo intermediário “ATMA” para seguir fixo final de rota “SOVSI” (a 84 MN no RM 053º para SBMT, e a 14 MN no RM 039º da Posição Visual “Tapiraí” (portão da REA “O”, para vôo entre 5.000 e 6.500 pés, de acesso para o Campo de Marte), numa rota somando 466 MN (apenas 18 MN adicionais à rota direta/DCT, uma diferença de 4%). Esta rota poderia envolver as duas regras de operação (VFR e IFR), com duas mudanças VFR/IFR na saída e IFR/VFR na chegada.
[2] seguir de SSPL para Chapecó (SBCH)/VOR Chapecó (XPC), seguir em DCT para ponta Grossa/PR (SBPG) – a 57 MN na radial 311 do VOR CTB -, seguir em DCT para a Posição Visual “Tapiraí” (portão da REA “O”, para vôo entre 5.000 e 6.500 pés, de acesso para o Campo de Marte), numa rota somando 456 MN (apenas 8 MN adicionais à rota direta/DCT, uma diferença de 1,8%). Esta rota, caso em regra VFR, demandaria um FL mínimo de 7.500 pés (para livrar elevação máxima indicada em subáreas sobrevoadas em carta WAC de 5.100 pés, 4.700 pés e 4.600 pés, no sentido da rota, livrando lateralmente a Serra de Paranapiacaba).
[3] seguir de SSPL para Joinville (SBJV)/VOR Chapecó (JNV) – a 46 MN na radial 174 do VOR CTB -, seguir em DCT (com uma segmento inicial pela linha do litoral do PR, até divisa com SP, livrando a Serra do Mar, de aproximadamente 75 MN) para a Posição Visual “Tapiraí” (portão da REA “O”, para vôo entre 5.000 e 6.500 pés, de acesso para o Campo de Marte), numa rota somando 472 MN. Esta rota, caso em regra VFR, demandaria um FL mínimo de 7.500 pés (para livrar com gabarito de 2.000 pés elevação máxima indicada em subáreas sobrevoadas em carta WAC de 4.700 pés, no trecho até Joinville, no sentido da rota, livrando lateralmente a Serra de Paranapiacaba).

As possíveis rotas [2] e [3] livrariam o cruzamento da CTR Curitiba, ou cruzando a FIZ Ponta Grossa ou a CTR Joinville.