Bombardier mantém entregas estabilizadas no ano, com melhora em métricas financeiras, em 08.08.23


A fabricante canadense Bombardier divulgou que entregou 29 aeronaves executivas no segundo trimestre, sendo 15 jatos Challenger (51,7%) e 14 jatos Global (48,3%). O desempenho foi alinhado com as entregas no 2T22 (um ano antes) de 28 aeronaves, sendo 12 Challenger (42,9%) e 16 jatos Global (57,1%). Por Família, no 2T23 foram três jatos Challenger a mais (+25%) e 2 dois jatos Global a menos (-12,5%).

Com estabilidade nas entregas entre o 2T23 e 2T22 (uma diferença de apenas uma aeronave a mais, ou +3,6%), mas com mudança de significado no mix das aeronaves no ano anterior, as receitas de US$ 1,7 bilhão geradas durante o segundo trimestre (abril, maio e junho) marcaram um salto de 8% em relação ao segundo trimestre de 2022 e o EBITDA ajustado cresceu 37%, para US$ 275 milhões.

À medida que continua a progredir na redução de sua dívida, a Bombardier reportou um lucro líquido ajustado positivo de US$ 80 milhões, marcando uma reviravolta em relação à perda de US$ 38 milhões no ano passado.

No ano (1S23), a Bombardier soma 51 jatos executivos entregues, ante 49 no ano passado (uma diferença de apenas mais uma aeronave), sendo sendo 23 jatos Challenger (45,1%) e 28 jatos Global (54,9%).

Na apresentação dos resultados do segundo trimestre, Éric Martel, presidente e CEO da Bombardier, acrescentou que a fabricante continua no cronograma para cumprir sua meta de 138 entregas para todo o ano de 2023, estimando que mais de 87 entregas (63% da meta) ocorrerão na segunda metade do ano, após a 51 aeronaves (37% da meta) entregues no 1S23. “Ao olhar para tudo o que temos em andamento hoje nas linhas, estou muito confortável com nossa meta de entrega total de mais de 138”, disse Martel para os analistas de mercado e representantes de mídias.

Para atingir a meta, a Bombardier tem um estoque de produção acumulado de quase US$ 500 milhões, e Martel observou que a maioria dos aviões está em produção e que a fabricante tem uma “linha de visão” para atingir suas metas. Martel também revelou que houve a continuidade de fortalecimento da cadeia de suprimentos da Bombardier, inclusive trazendo internamente o negócio de fabricação de fiação no México. A Bombardier também planeja abrir seu centro global de fabricação de aeronaves no Aeroporto Pearson, em Toronto (Canadá), neste ano.

Em meio a isso, Martel se disse otimista sobre as perspectivas da Bombardier, observando: “Estamos no caminho certo para onde esperamos que esteja em um book-to-bill [relação encomenda : entrega/faturamento] e backlog [carteira de encomendas]”. A book-to-bill [relação encomenda : entrega/faturamento] permaneceu em cerca de 1:1 na primeira metade do ano, com o segundo trimestre sendo um pouco melhor do que isso, enquanto a carteira de encomendas subiu para US$ 14,9 bilhões, de US$ 14,8 bilhões no final do primeiro trimestre. A Bombardier não recebeu cancelamentos no segundo trimestre. “Estamos em boa forma, com uma média de 18 a 24 meses, dependendo da plataforma”, Martel disse.

Martel observou que a dinâmica do mercado está se mostrando forte, com a Ásia mostrando uma normalização e o Oriente Médio retomando. Mas, para a Bombardier, as operadoras de grandes frotas foram as “grandes vencedoras” dos últimos três anos, com a frota da Bombardier sozinha voando 51% a mais do que em 2019 com essas operadoras e até 14% a mais que no ano passado.

Quanto às receitas, a Bombardier também apontou para seu negócio de serviços em rápido crescimento, que gerou US$ 428 milhões no segundo trimestre, um aumento de 19% em relação ao ano anterior. “Nossa equipe navegou com sucesso em um ambiente de negócios altamente dinâmico que viu uma demanda sustentada por jatos novos e usados, bem como um crescimento constante do serviço, enquanto a pressão da cadeia de suprimentos persistia”, disse Martel. [EL] – c/ fonte