Bombardier preparada para entregas estáveis ​​de mais de 150 jatos por ano, com mix de equilibrado, e início de transição do Global 7500 para o “8000” em 2025; preços continuam fortes, em 05.09.24

Em nota no dia 04, a fabricante canadense Bombardier anunciou sua participação nas próximas conferências agendadas em setembro, a [1] Jefferies Industrials Conference, no mesmo dia 04, em Nova Iorque (EUA), representada Bart Demosky, vice-presidente executivo e CFO, [2] 12ª Annual Laguna Conference, (do banco) Morgan Stanley, no dia 12, em Dana Point/Califórnia (EUA), representada Bart Demosky, vice-presidente executivo e CFO, e [3] 23ª CIBC Eastern Institutional Investor Conference, no dia 26, em Montreal (Canadá), representada por Francis Richer de la Flèche, vice-presidente de planejamento financeiro e de relação com investidores (RI).

A editora da revista mensal AIN Kerry Lynch escreveu post no dia 04 com uma síntese da apresentação na Jefferies Industrials Conference. A Jefferies é uma das instituições líderes mundiais em serviços completos de banco de investimento e mercado de capitais.

A Bombardier está projetando entregas estáveis ​​de 150 a 155 jatos executivos por ano no futuro previsível, com o mix permanecendo equilibrado entre os modelos dos jatos médios Challenger e dos jatos cabine larga Global.

Os executivos da Bombardier presentes na conferência confirmaram a capacidade da fabricante de atingir esse nível e, no tocante do aumento de entregas no segundo semestre, todas as aeronaves a serem entregues até o final do ano já estão em Montreal em fase de conclusão. A Bombardier ainda tem uma “boa linha de visão para qualquer material que não esteja nas instalações hoje”, apesar dos problemas contínuos na cadeia de fornecimento, divulgou a Jefferies.

A Bombardier também já começou a trabalhar em aeronaves para entrega em 2025.

Quanto à cadeia de fornecimento, os problemas passaram de grandes desafios em quase todos os fornecedores para “certas questões graves que podem ser geridas”, informou a Bombardier. “Há um trabalho fora de sequência, mas deve voltar ao normal nos próximos anos”, divulgou a Jefferies. Além disso, a Jefferies apontou motores e aviônica como os pontos críticos restantes.

O mix uniforme de produtos vem com o impulso dos pedidos do modelo Challenger 3500 e o melhor ambiente da cadeia de suprimentos do modelo.

Com 200 jatos Global 7500 no mercado, a Bombardier prevê entregar os primeiros aparelhos do “sucessor” Global 8000 no final do próximo ano (2025), fazendo a transição completa para o modelo mais rápido em 2026. A Jefferies apontou para as estimativas da Bombardier de 35 a 40 entregas do Global 8000 por ano (o que equivale a cerca de 25% da meta entre 150 a 155 jatos executivos por ano no futuro previsível).

Na conferência, a Bombardier informou que os preços permaneceram em níveis mais elevados em todas as suas plataformas. Na verdade, os preços subiram recentemente devido à elevada procura e permanecem “confortavelmente acima dos níveis de 2019. A disponibilidade de usados, embora represente 7% da frota, ainda está bem abaixo da faixa típica entre 10% e 12%.

No âmbito financeiro, importante para ressaltar foi que a Bombardier cobriu 45% da sua dívida e elevou a margem EBITDA de 5% para 15%, prevendo um maior crescimento de lucro à medida que avança no seu negócio de Defesa. A Bombardier espera que a divisão de negócio de Defesa seja um importante impulsionador desse crescimento, uma vez que detém as margens mais elevadas dos seus negócios.

Olhando para o futuro, a Bombardier não vê necessidade de um jato supermédio “em branco” (um novo projeto de aeronave) no momento, divulgou a Jefferies. A Bombardier permaneceu “calada” sobre seus planos para o modelo supermédio Challenger 650, que tem uma linhagem de décadas. Embora o modelo possa estar pronto para uma atualização, a fabricante canadense não está procurando uma substituição completa no momento. Novas tecnologias de design de aeronaves e motores poderiam mudar isso no futuro, mas os executivos da Bombardier disseram na conferência da Jefferies que esse seria um ciclo de 10 a 20 anos. [EL] – c/ fonte