Bombardier transicionando ativos da linha de montagem do Learjet para COE no “sítio” de Wichita, no Kansas/EUA, para atender serviços de suporte, incluindo o programa LJ 40-45 “Racer”, em 16.09.21


A Bombardier está transformando sua unidade em Wichita (no Kansas, no EUA) como um centro de excelência (COE – Center of Excellence) para a linha do modelo Learjet, à medida que faz a transição de suas instalações e funcionários da linha de produção/montagem desativada, para a frente de manutenção e suporte da linha de jatos leves e médios. A mudança ocorre em um momento em que os executivos da fabricante canadense esperam se fortalecer para o mercado com a atividade na unidade de Wichita continuando a florescer.

Em fevereiro, a fabricante canadense anunciou que estava encerrando a produção do modelo Learjet neste ano, pois traçara um plano abrangente para reduzir custos e se tornar uma organização de aviação executiva pura com foco nas suas Famílias de aeronaves Challenger e Global, mais lucrativas.

A decisão de desativação da produção da linha Learjet não foi tomada de ânimo leve, disse o presidente e CEO Éric Martel, observando: “O icônico Learjet teve um impacto notável e duradouro na aviação executiva”.

Com mais de 3.000 jatos Learjet entregues desde que o primeiro modelo da série entrou no mercado, em 1963, e mais de 2.000 ainda estão em serviço, os executivos da Bombardier enfatizaram, nesta semana, que a fabricante não estava abandonando a marca, mas sim fazendo planos para intensificar os esforços nas áreas de manutenção e suporte.

A Bombardier está realmente planejando entregar o último Learjet final no início do próximo ano, mas uma transição já está em andamento com hangares sendo transferidos para abrigar serviço de suporte e outras atividades conforme a produção vai sendo reduzida, até o encerramento.

Além disso, a Bombardier começou a treinar o pessoal da produção do Learjet para técnicos certificados de célula e motorização para atender nos serviços de suporte à frota. Chris Debergh, vice-presidente de peças e serviços da Bombardier, disse que essa foi uma mudança natural porque esses técnicos são os que estão mais familiarizados com a linha de produtos. Ele estimou que isso afete algo em torno de 130 a 150 funcionários.

Como COE, Wichita não será apenas um importante centro de manutenção para a Learjet, mas também servirá como o “coração da engenharia” para a Família, incluindo modificações atuais e futuras e outro suporte, incluindo uma unidade de peças de reposição.

A Bombardier já havia implementado seu programa de remanufatura “Racer” para os modelos Learjet 40 e 45 com um ‘pacote’ de melhorias que serão realizadas em Wichita. Revelado quando o fim da nova produção foi anunciado, o programa “Racer” envolve a atualização de componentes internos e externos.

O “sítio” de Wichita é central para os esforços da Bombardier no programa Learjet, não apenas pela experiência e capacidade já incorporadas (antes existentes), mas por sua localização no meio do mercado dos EUA, que é fundamental para os operadores de aeronaves acessarem, acrescentou Debergh.

Jean-Christophe Gallagher, vice-presidente executivo de serviços, suporte e estratégia da Bombardier, notou questões levantadas por alguns agentes após o anúncio de encerramento do programa Learjet quanto às perspectivas para o “sítio” de Wichita, mas enfatizou que sua atual presença é necessária pela demanda por serviços e que o “sítio” está “vivo e bem”. Na verdade, a unidade local já abriga um quadro de pessoal de mais de 1.000 postos.

Junto com o anúncio do programa “Racer”, a Bombardier declarou a unidade de Wichita como seu COE para aeronaves de missão especial (SM) usadas para uma variedade de aeromédico e de operação militar, como o BACN (Battlefield Airborne Communications Node) e outros usos de apoio. Alguns hangares reservados para o programa Learjet também passarão pela transição para esse uso. O “sítio” também abriga os programas de teste de vôo da Bombardier bem como o maior centro de serviços que oferece suporte à gama das aeronaves Bombardier.

Designada a base de apoio da frota Bombardier da operadora NetJets, o “sítio”de Wichita continua a crescer com quatro hangares adicionados nos últimos anos, com mais um ou dois possíveis. A adição no “sítio” do COE Learjet exclusivo fornece capacidade adicional para sua atividade de manutenção no local. [EL] – c/ fontes