Boom do mercado de aviação executiva ‘sobrevoa’ a China, que enfrenta um “golpe triplo” inibidor das viagens, em 13.01.22


Artigo na mídia AIN de 11/01/22 posta que a aviação executiva está florescendo globalmente em meio à pandemia, à medida que as pessoas buscam alternativas de viagem mais seguras, com uma notável exceção: a China. Segundo a matéria, não apenas esse boom está ignorando a China, mas o mercado chinês está “muito deprimido”, de acordo com Jason Liao, principal representante asiático da NBAA e presidente e CEO do grupo chinês de aviação executiva CBAJET.

Liao disse que o mercado chinês de aviação executiva foi assolado por um “golpe triplo” de [1] restrições de viagens da Covid, [2] desalavancagem no setor imobiliário e [3] repressão às indústrias de alta tecnologia e educação.

A política de tolerância zero ao Covid do país “fechou muito mais as fronteiras chinesas”, observou Liao, acrescentando que os vôos não-programados exigem aprovação do governo central “quase impossível de obtenção”.

Enquanto isso, um controle estrito da China sobre a compra de imóveis residenciais e hipotecas, bem como empréstimos para desenvolvedores imobiliários, em resposta aos preços descontrolados dos imóveis e a crise financeiras de incorporados chinesas, sufocou o setor imobiliário, que inclui um “número muito grande de proprietários de aeronaves executivas”, disse Liao.

E, ainda, a repressão dos países às indústrias de alta tecnologia e educação resultou em “imensas multas” para empresas como Alibaba, Meituan, Didi e Tencent, cujos diretores possuem aeronaves executivas.

Liao está, no entanto, otimista, dizendo que acredita “que os obstáculos acima para a indústria de aviação executiva serão gradualmente removidos” neste ano. Liao prevê políticas monetárias “mais acomodatícias” e uma abertura gradual das fronteiras chinesas para viagens internacionais após os Jogos Olímpicos de Inverno, em Pequim, e o evento político 20º Congresso do Partido Nacional em março. “O mercado chinês de aviação executiva voltará com força devido à forte demanda e à rápida criação de riqueza”, afirmou. “A China é um país enorme que precisa de transporte aéreo eficiente e tem o maior número de bilionários do mundo”, completou Liao. [EL] – c/ fontes