Coalização de organizações de aviação e energia propõe ao governo Biden iniciativas para fomentar o advento do SAF no EUA, desde a produção, em 17.05.22


Um contingente setorial de aviação e organizações de energia apelaram à administração federal americana – do presidente Joe Biden – para retirada de obstáculos visando aumentar a disponibilidade de combustível de aviação sustentável (SAF).

Quarenta e duas (42) entidades e organizações escreveram, na semana passada, para a Conselheira Nacional Ambiental Gina McCarthy, que a Agência de Proteção Ambiental (EPA) poderia dar “primeiros passos simples [que] teriam um tremendo impacto na expansão do SAF e desfrutariam de amplo apoio”. Essas etapas desempenharão um papel crítico para ajudar a cumprir o programa de governo SAF Grand Challenge para aumentar a produção de SAF para pelo menos três bilhões de galões (11 bilhões de litros) por ano até 2030, disseram as organizações. A chave para isso, apontam os signatários, é que a EPA libere, mas incorporando correções, disposições propostas envolvendo biointermediários – matérias-primas que foram parcialmente convertidas em uma instalação, mas enviadas para uma instalação separada para processamento final.

Os signatários indicam, entre as correções, a inclusão da capacidade de processar matéria-prima SAF em mais de duas instalações.

A EPA propôs permitir a transferência de biointermediários entre duas instalações. No entanto, a produção de SAF pode envolver várias etapas que podem envolver três ou mais instalações.

“É vital que a EPA forneça flexibilidade”, apontam os signatários.

Além disso, as quarenta e duas (42) entidades e organizações pediram que a EPA permita a venda de matéria-prima biointermediária para mais de uma refinaria. “A EPA propôs que um produtor biointermediário só possa vender sua matéria-prima para um único comprador a cada ano, o que é claramente restritivo e limitaria severamente o aumento da produção enquanto interfere na livre concorrência no mercado de combustíveis”, sustentam os signatários.

Além disso, a EPA deve atualizar a definição de biocrude (óleo biodegradável) com uma definição mais ampla de refinaria. Isso reconheceria mais instalações de processamento em potencial, aponta a carta.

As organizações da coalização também estão preocupadas com o fato da EPA estar propondo a segregação física de biointermediários, proibindo a mistura. “Prevenir qualquer mistura de matérias-primas totalmente fungíveis no contexto biointermediário aumentará significativamente os custos para os produtores de SAF e poderá inviabilizar alguns caminhos de SAF”, alertaram.

E também pediram a flexibilização das restrições ao biogás por dutos.

“A indústria da aviação está unida em pedir políticas regulatórias e legislativas sólidas que promovam o aumento da produção de SAF – um combustível mais limpo, mais sustentável e que é crucial para atingir a meta da nossa indústria de emissões líquidas zero de carbono até 2050”, disse Karen Huggard, diretora-gerente de assuntos legislativos e relações industriais da Associação Nacional de Transporte Aéreo (NATA – National Air Transportation Association), uma das organizações signatárias da carta para EPA. [EL] – c/ fontes