Colisão em solo de A350-900 da JAL pousando com DHC-8-300 da Guarda Costeira por decolar, após ingresso não-autorizado em pista, no Aeroporto de Tóquio/Haneda, reforça os riscos de eventos de incursão de pista e assinala para uma ‘onda’ de eventos do gênero recentes, em 11.01.24


No dia 02, no horário local (em condição noturna) de 17:47 (08:47Z), o jato Airbus A350-900 de matrícula JA13XJ, operado pela JAL – Japan Airlines -, cumprindo o serviço regular doméstico JL-516 – de Sapporo/Aeroporto New Chitose (CTS/RJCC) para Tóquio/Aeroporto Haneda (HND/RJTT), a 442 MN a S-SW – colidiu ao pousar na pista 34R (logo após o toque) com o bimotor turboélice Havilland Canada DHC-8-315Q MPA de matrícula JA722A operado pela Guarda Costeira do Japão, em partida para o Aeroporto de Niigata (KIJ/RJSN), a 148 MN a NW-N, numa missão de transporte de suprimentos para sua base (em Niigata) em resposta ao terremoto da Península de Noto que acontecera no dia anterior.

O A350 transportava 379 pessoas, sendo 367 passageiros (incluindo 8 crianças) e 12 tripulantes (com três pilotos na cabine).

O bimotor de Havilland Canada DHC-8-315Q da Guarda Costeira do Japão tinha seis ocupantes, sendo dois pilotos.

Depois do toque (pista 34R), o A350 impactou o DHC-8 que estava na pista (34R) para decolar. A seção dianteira, incluindo trem de pouso, do A350 teve grandes danos. O A350 deslizou pela pista até cerca de 1.680 m. desde a cabeceira (corrido a pista por cerca de 1.000 m, segundo a JAL), até escapar pela direita até o bordo da pista, junto da interseção com a taxiway C11. Após parada, o jato teve fogo, que destruiu a aeronave. Todos os 379 ocupantes tiveram condição de deixar a aeronave – pelas portas L1, L4 e R1, por escorregadeiras, a evacuação tendo sido bem sucedida. 14 ocupantes do jato tiveram ferimentos.

Na colisão com a A350, e explosão pós-impacto, o DHC-8-315Q foi destruído. Cinco ocupantes faleceram no local, o cmte. conseguiu deixar os destroços e foi resgatado com ferimentos graves por queimaduras.

O fogo dos dois aviões demandou oito horas para serem debelados.

O aeroporto ficou “fechado” (impraticável) por cerca de 03h45m do horário do acidente, com as operações sendo retomadas com as pistas 16R/34L, 04/22 e 05/23 por volta de 21:30LT. À “meia-noite” (madrugada) do dia 08 (no dia 07 pelo horário UTC) a pista 16L/34R foi reaberta ao tráfego, após remoção de destroços e reparos da pista.

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