Com estoque em baixa (e pouca disponibilidade), vendas de jatos executivos usados caem e preços sobem, em levantamento da analista de mercado Jefferies, em 24.08.22
As vendas de jatos executivos usados em agosto caem cerca de um terço (33%) em relação ao ano anterior (agosto 2021), mas ainda têm uma alta de 2% em relação ao mês antecedente de julho, segundo a analista de mercado Jefferies.
Citando dados da Amstat e suas próprias estimativas, a Jefferies divulgou que a queda de 33% na base de comparação ano a ano (YoY) foi ampla, com vendas de jatos de cabine larga liderando o movimento de retração, com queda de 38%. Mas o estoque disponível continua diminuindo, 27% em relação ao ano anterior para aeronaves com menos de sete anos desde a fabricação. Ao mesmo tempo, os preços aumentaram 20%.
A última atualização de mercado da Jefferies mostra que 673 aeronaves usadas estavam disponíveis para venda neste mês, acima (+2,4%) das 660 aeronaves em julho, mas abaixo (-33%) das 1.008 aeronaves de um ano atrás. O estoque disponível é de cerca de 2,7% da frota total – incluindo todos os modelos e ano de fabricação – e abaixo da média de um ano de 2,9%.
Proporcionalmente às vendas, os estoques de jatos de cabine larga (grande porte) caíram 38% em relação ao ano anterior, enquanto os estoques de jatos médios caíram 33% e os jatos leves 31%.
Olhando para aeronaves mais novas (aquelas de até sete anos), os estoques disponíveis de jatos Dassault Falcon caíram 50% em relação ao ano anterior, com oito aeronaves à venda. Os estoques de jatos Bombardier encolheram 39% em relação ao ano passado, para 50 aeronaves, com modelos Global caindo 59% e Learjet caindo 41%. Nenhum Global 7500 está à venda, informou a Jefferies. Os estoques de jatos Gulfstream também contraíram 38% na base A/A, para 36 aeronaves disponíveis, representando apenas 1,9% da frota – a redução se deu por menos 12 jatos G550 e oito jatos G280. A EMBRAER seguiu com um declínio de estoque de 14% na base ano a ano, e os estoques de Cessna Citation caíram 12%.
Os preços de tabela em geral se estabilizaram a partir de julho, mas ainda aumentaram 20% em relação ao ano anterior, com a Bombardier vendo um salto de 29%, a EMBRAER aumentando 26%, a Cessna 21%, a Gulfstream 19% e a Dassault 5%. [EL] – c/ fontes