Com nova presidência da Argentina e nova direção, petrolífera estatal YPF anuncia venda dos seus jatos corporativos EMBRAER Praetor 500 em sequência da alienação de Bombardier Learjet 60XR, em 22.12.23


A petrolífera estatal argentina YPF pode arrecadar algo entre US$ 15 milhões em US$ 19 milhões com a venda do jato corporativo EMBRAER EMB-550 Legacy 500, que se somará à venda do jato anterior da empresa Bombardier Learjet 60XR.

Os dois aviões (jatos executivos) da YPF faziam parte da frota oficial do governo anterior e utilizado pelos líderes que foram derrotados na eleição presidencial de novembro passado.

A venda dos aviões tem sido considerada um símbolo da austeridade que administração de Javier Milei, presidente da Argentina recém eleito, pretende implementar no país.

De fato, nos últimos anos, a ex-vice-presidente Cristina Kirchner foi a passageira mais frequente das aeronaves.

Segundo o jornal La Nación, Cristina usou as duas aeronaves 59 vezes nos últimos anos em deslocamentos para Santa Cruz. Para esses vôos, o Estado pagou à petrolífera “despesas operacionais”. Em meados do ano passado, essa dívida era de mais de 110 milhões de Pesos.

“Tomamos a decisão de concretizar a venda de duas aeronaves da empresa YPF exercendo nossa posição no Conselho de Administração. Os dois aviões foram usados, quase exclusivamente, para política”, anunciou o porta-voz presidencial Manuel Adorni na sexta (15).

Por sua vez, a empresa divulgou um comunicado no dia 15 informando que “levará a cabo a venda da aeronave corporativa EMBRAER Praetor 500, à qual será adicionada à venda da antiga aeronave executiva Bombardier Learjet 60XR, tudo por questões de eficiência e economia para a empresa. Para tanto, a cia. realizará todos os procedimentos necessários para seguir em frente com a referida decisão de vendas”.

A YPF também pretende dar uma guinada em sua administração antes de uma possível privatização. No dia 14, assumiu a nova gestão da companhia, de origem do setor privado.

O Conselho de Administração nomeou Horacio Marín como seu o presidente e CEO, conforme esperado, após Milei ter decidido consolidar as funções. Marín é um engenheiro químico com uma carreira de mais de três décadas no setor petrolífero, tendo liderado recentemente a Tecpetrol, a petrolífera do Grupo Techint. Federico Barroetaveña, outro veterano da Techint, assumiu o cargo de CFO.

Javier Milei já expressou por diversas vezes sua intenção de privatizar diversas empresas públicas, incluindo a YPF. “Tudo o que pode estar nas mãos do setor privado, estará nas mãos do setor privado”, afirmou o libertário, ponderando que havia necessidade de reconstruir a companhia antes de qualquer processo de privatização.