Conferência da NATA discute questões relativas a combustível “limpo”, como SAF e AvGas sem chumbo, em 21.06.22
A Associação Nacional de Transporte Aéreo (NATA – National Air Transportation Association) abriu sua Conferência de Liderança de Aviação de 2022 na quinta dia 16, com o parlamentar federal Republicano Sam Graves (do Missouri), membro destacado da Câmara de Transporte e Infraestrutura (T&I), observando que o Congresso está se preparando para seu ciclo de reautorização da FAA.
Independentemente dos Democratas manterem o controle da Câmara (T&I), as eleições deste outono mudarão a liderança do comitê da T&I com a próxima aposentadoria do presidente Peter DeFazio (D-Oregon), disse Graves, expressando a crença de que o deputado Rick Larsen (D-Washington) ou Eleanor Holmes Norton (D-Washington poderiam assumir o cargo de liderança pelo Democratas.
Graves enfatizou o desejo de trabalhar de forma bipartidária, como tem sido historicamente o caso, na criação do próximo projeto de reautorização da FAA, e disse que os legisladores reunirão informações no próximo ano para definir prioridades.
Ele mesmo um piloto, Graves também expressou preocupação com os esforços “nos fundos” (na retaguarda e nos bastidores) da Agência de Proteção Ambiental (EPA) para pressionar os Estados a dificultar o uso de gasolina de aviação com chumbo.
O parlamentar observou as dificuldades ainda à frente em avançar para o combustível (AvGas) sem chumbo, mas enfatizou a importância de trabalhar para esse objetivo, principalmente porque a percepção predominante é que a gasolina de aviação 100LL é uma fonte significativa de chumbo no meio ambiente. Graves alertou que, à medida que o progresso é feito, a indústria pode ouvir sobre a necessidade de retirar o carbono do combustível.
Maria DiPasquantonio, que lidera o programa governamental “EAGLE”, envolvendo o Governo federal americano e a indústria, para encontrar e desenvolver uma solução de AvGas sem chumbo, expressou confiança de que o processo colaborativo produzirá resultados. Falando em um painel sobre o futuro da aviação de combustível, DiPasquantonio chamou a meta de 2030 para uma transição “agressiva”, mas disse que há um senso de urgência, principalmente porque a EPA está avançando para editar uma “descoberta de perigo” (endangerment finding, uma “nota” de status de perigo). Uma minuta está prevista está previsto para o final deste ano, com a regulamentação final prevista para 2023. “Estamos em um ponto crucial”, disse ela, “onde todas as forças se alinharam”.
O painel também discutiu o movimento em direção ao uso de combustível de aviação sustentável (SAF) e o presidente e CEO da NATA, Tim Obitts, observou que muitos têm a impressão de que houve um bilhão de galões de SAF “limpos” produzidos quando o número ainda é muito menor do que que em pouco menos de seis milhões. No entanto, Obitts expressou otimismo sobre esse aumento, apontando para o acordo anunciado na quinta dia 16 entre a Alder Fuels e a Avfuel cobrindo um bilhão de galões (3,79 bilhões de litros) ao longo de 20 anos. Obitts chamou o acordo e o volume envolvido de um “passo significativo à frente”.
Steve Csonka, diretor executivo da Commercial Aviation Alternative Fuels Initiative, um projeto para combustíveis alternativos para aviação comercial, e líder da sua consultoria de aviação – a Csonka Aviation Consultancy -, também observou que tinha ciência de 62 empresas que estão buscando projetos de SAF e permanecem “fora do radar” ainda sem anunciar seus esforços; ressaltando que nem todas “chegarão à linha do gol”, Csonka ainda sim define que este movimento “parece bom”.
A conferência da NATA também cobriu os preparativos necessários para a mobilidade aérea avançada e o futuro em termos de proteção contra incêndio em hangares. O evento também promoveu uma discussão com os reguladores e o membro do NTSB Michael Graham. Além disso, foram discutidas questões trabalhistas. [EL] – c/ fontes