Congresso/Senado do EUA intensificando pesquisa da segurança e vulnerabilidade à ação hostil do sistema GPS, em 23.08.21


O Congresso está intensificando seu escrutínio da segurança do Sistema de Posicionamento Global por satélite (GPS – Global Positioning System), incluindo uma medida na recentemente introduzida Lei de Autorização de Inteligência para o Ano-Fiscal 2022 que busca um relatório sobre vulnerabilidades a ações hostis.

Apresentado pelo Comitê Seleto do Senado sobre a presidente da Inteligência, Mark Warner (D-Virginia), o projeto de autorização, S.2610, exige que o Diretor de Inteligência Nacional, trabalhando com os Secretários de Defesa e Comércio, conduza um estudo conjunto sobre a vulnerabilidade do sistema GPS, bem como ações que estão sendo tomadas pelos diversos órgãos governamentais para mitigar os riscos associados.

A medida especifica que o estudo deve examinar as vulnerabilidades, potenciais efeitos negativos da interrupção prolongada de sinal do sistema GPS do ponto de vista econômico e de segurança nacional e alternativas que poderiam ser um backup (reserva) para posicionamento, navegação e temporarização para usuários civis, comerciais e governamentais. Além disso, o estudo deve detalhar as ações planejadas ou realizadas pela comunidade de inteligência e várias agências para mitigar o risco. A medida determina que um relatório seja submetido ao Congresso em 180 dias (seis meses).

No ano passado, o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais divulgou uma Avaliação de Ameaça Espacial que analisou os riscos potenciais, incluindo a capacidade de países como a China de bloquear os sinais do sistema de satélites. “Atualmente, a China tem a capacidade de interferir em bandas comuns de comunicação por satélite e sinais de satélite, e deu alta prioridade ao desenvolvimento e implantação de sistemas de interferência de satélite. A China está desenvolvendo ainda mais sistemas de interferência que serão capazes de atingir uma grande variedade de frequências de satcom [comunicação por satélite] comerciais, bem como bandas de comunicação protegidas pelos militares dos EUA”, registra relatório.

Enquanto isso, o relatório observou que “o governo russo foi acusado de interferência generalizada de sinais de satélites e spoofing desde 2014, afetando embarcações civis e militares perto do território russo, aeronaves comerciais e civis no Círculo Polar Ártico e dispositivos portáteis de consumo no centro de Moscou e St. Petersburgo”. A Rússia negou qualquer irregularidade, aponta o relatório, “apesar das evidências contundentes de que a Rússia tem empregado o uso de armas antiespaciais eletrônicas terrestres móveis regularmente, tanto dentro de suas fronteiras quanto no exterior”, indica o relatório. [EL] – c/ fontes