Consultora KPMG avalia que Governos e indústrias, incluindo a da aviação, não conseguirão cumprir os seus compromissos juridicamente vinculativos para alcançar emissões de carbono líquidas zero até 2050 se persistirem em “mudanças incrementais”, em 20.11.23


Governos e indústrias, incluindo a da aviação, não conseguirão cumprir os seus compromissos juridicamente vinculativos para alcançar emissões líquidas zero de carbono até 2050 se persistirem em mudanças incrementais, rejeitadas pela consultoria KPMG.

Em relatório – NetZero Readiness Report 2023 [Relatório da preparação de Liquido Zero], publicado no final da semana passada, a KPMG concluiu que o setor da aviação está avançando demasiadamente lenta e que “o objetivo de alcançar emissões líquidas zero até 2050 depende de aumentos significativos na produção de combustível de aviação sustentável, bem como de incentivos governamentais”. No relatório, a KPMG registra que o setor da aviação tem dificuldade em descarbonizar rapidamente devido aos longos prazos de desenvolvimento e entrega de novas aeronaves.

“2050 como meta líquida zero é praticamente amanhã para este setor”, disse Christopher Brown, parceiro de estratégia de aviação da KPMG.

Os analistas da KPMG também lançaram dúvidas sobre a capacidade do setor da aviação de aumentar a utilização de SAF a uma taxa suficientemente elevada e com rapidez suficiente para substituir completamente o QAv (JET-A), o que consideram uma necessidade. “Parece que essa tarefa seria excepcionalmente difícil de cumprir”, disse Malcolm Ramsay, chefe global de aviação do grupo. Ramsay apelou aos governos para que introduzissem incentivos mais fortes para os produtores de combustíveis aumentarem a produção para alterar o equilíbrio entre oferta e procura.

Os analistas da KPMG sugeriram que os governos e os responsáveis eleitos são dificultados na prossecução dos objetivos líquidos zero devido aos elevados níveis de dívida pública, às tensões políticas internas e à oposição à descarbonização. [EL] – c/ fonte