Consultoria de inteligência em segurança da aviação Dyami recomenda operadoras a desviar rotas evitando sobrevôo da área englobando Israel, Irã, Iraque, Jordânia e Líbano, em 23.06.25


A perspectiva de segurança para a aviação e a estabilidade regional em geral “permanece altamente precária à medida que o confronto Irã-Israel se aprofunda, agora agravado pelo envolvimento direto do EUA”, declarou nesta segunda dia 23 a consultoria de inteligência em segurança da aviação, Dyami, em vista do bombardeio americano às instalações nucleares iranianas no fim de semana.

“Os fechamentos contínuos do espaço aéreo sobre o Irã, Israel e partes de países vizinhos, juntamente com cancelamentos e atrasos generalizados de voos, devem continuar em meio à intensificação de trocas de mísseis e atividade militar”, divulgou a Dyami.

As cias. aéreas também suspenderam temporariamente os vôos de/para os Emirados Árabes Unidos devido à crescente escalada da violência.

Ao meio-dia desta segunda, o Catar fechou seu espaço aéreo “para garantir a segurança de cidadãos, residentes e visitantes”, enquanto o Irã ameaçava atacar bases americanas no país do Oriente Médio em retaliação.

Na sequência, os sistemas de defesa antimísseis Patriot, do EUA, no Catar, estavam interceptando ativamente projéteis.

A Dyami também alertou as tripulações de vôo sobre novas interferências de GNSS em “corredores importantes como o Mediterrâneo Oriental, o Mar Vermelho e o Estreito de Ormuz”, à medida que a mobilização de ativos militares americanos adicionais — “incluindo grupos de ataque de porta-aviões, aeronaves de vigilância e baterias THAAD” — se mistura com navios de guerra chineses no Golfo Pérsico. Isso aponta para um ambiente de risco elevado e sustentado para a aviação civil, de acordo com a empresa.

“Caso os conflitos [e confrontos] entre o EUA, o Irã, Israel e os Houthis se intensifiquem, novos fechamentos de espaço aéreo, interrupções marítimas e impactos em rotas comerciais críticas no Oriente Médio, com potencial de se estenderem até o Cáucaso, são altamente prováveis”, observou a Dyami. “É aconselhável evitar voar ou operar no espaço aéreo do Iraque, Jordânia, Síria e Líbano em qualquer altitude e reconsiderar as operações no Oriente Médio, pelo menos até que a resposta do Irã [se torne] clara. A incerteza resultante representa sérios riscos para a segurança regional, as operações de aviação e o comércio internacional”, declarou a Dyami. [EL]