Daher adotando uma abordagem pragmática para um avião “mais elétrico” – provavelmente uma solução híbrido-elétrico baseado no TBM-960 ou no Kodiak 100/900 – que espera lançar em 2027, em 12.04.25

Em post no dia 04, Chad Trautvetter, editor da plataforma online da mídia AIN, repercutiu que a Daher Aircraft está adotando uma abordagem pragmática para um avião “mais elétrico” que espera lançar em 2027, usando de evidências e dados obtidos da experiência do demonstrador EcoPulse, notícia baseada em declaração do CEO da fabricante francesa, Nicolas Chabbert, na semana da feira aeronáutica Sun ‘n Fun Aerospace Expo (que aconteceu entre os dias 01 a 06 de abril, em Lakeland, na Flórida/EUA).
Um TBM da série 900 equipado com seis motores elétricos nas bordas de ataque das asas, o demonstrador EcoPulse, “não foi um produto comercial – foi realmente um demonstrador de motores e baterias”, observou Chabbert para a AIN. “O que agora vislumbramos [para um produto comercial] é um avião mais elétrico, provavelmente híbrido-elétrico e um derivado de um dos nossos modelos de avião existentes [ou seja, o TBM 960 ou o Kodiak 100/900]”.
De acordo com Chabbert, a Daher aprendeu muito com os 20 vôos de teste do EcoPulse. “Aprendemos que teremos que revisitar a aerodinâmica para aeronaves elétricas, bem como fazer alterações na interface do usuário”, disse Chabbert, citando especificamente o manche e as alavancas de potência. “Também precisamos delinear claramente os benefícios desejados, bem como o armazenamento, a distribuição e o uso da energia elétrica. Depois, há a certificação”, Chabbert disse.
Chabbert demonstrou estar decepcionado com o progresso na tecnologia de baterias. “Não estamos nem perto de onde eles planejaram há 10 anos”, disse Chabbert, explicando que a densidade das baterias deveria dobrar até agora, mas aumentou apenas cerca de 10%. “Testamos uma bateria de 360 kg no EcoPulse e não obtivemos o desempenho esperado, embora tenhamos encontrado maneiras de aproveitar melhor a energia disponível. Para efeito de comparação, uma bateria de 360 kg equivale a cerca de 10 kg de JET-A”, Chabbert revelou.
Chabbert também apontou para outra área: “Também teremos que voltar ao básico em termos de aerodinâmica. Aeronaves são um compromisso entre peso, potência e qualidades de vôo”.
Chabbert disse que Daher entrevistou clientes sobre um avião mais elétrico e a resposta foi positiva, sem “nenhuma resistência”. “Tudo o que fizermos neste setor precisa ser tão seguro – ou mais seguro – do que os produtos que temos hoje”, Chabbert observou. Chabbert disse que potenciais clientes disseram à fabricante que precisam de um produto que corresponda ao desempenho das aeronaves existentes, com um alcance de pelo menos 700 MN. Inicialmente, Chabbert indicou que a nova aeronave poderia ter custos operacionais ligeiramente mais altos do que as aeronaves atuais.
“A maneira como pensamos em mais elétrico é mais assistência”, discorreu Chabbert. “Precisamos impulsionar a tecnologia, e nosso objetivo geral é a neutralidade de carbono em comparação com o elétrico. O produto final precisa ser totalmente adotado por nossos clientes”, completou Chabbert. [EL]