Dassault reporta resultados da linha Falcon (entregas e encomendas) no 1S22 sólidos sobre 1S21, mas pondera cenário de negócio dinâmico, com riscos de restrições da cadeia de suprimentos e da força de trabalho, exacerbadas pela crise na Ucrânia, de tensões entre China e Taiwan e ainda de saldo de sustos de Covid, em 21.07.22


As entregas de jatos executivos da linha Falcon da fabricante Dassault mais que dobraram, para 14 aeronaves, no primeiro semestre deste ano, enquanto a entrada de encomendas aumentou mais de 50%, para 41 pedidos, com resultado líquido de aeronaves canceladas da Rússia, anunciou a fabricante nesta quarta dia 20.

Os 14 jatos entregues no 1S22 superaram as seis entregas do 1S21, um aumento de oito jatos (133%). As 41 novas encomendas no 1S22 superaram as 25 encomendas no 1S21, um aumento de 16 pedidos (64%).

Combinado com os contratos de 86 jatos-caça Rafale, a carteira de pedidos da Dassault nos primeiros seis meses (1S22) atingiu um recorde da fabricante de € 16,3 bilhões.

Eric Trappier, presidente e CEO da Dassault Aviation, observou que as vendas realmente foram ainda maiores do que o reportado, mas o cômputo final refletiu o cancelamento de negócios com clientes russos. E classificou o cenário do momento de um negócio dinâmico, mas também apontou preocupações decorrentes das restrições da cadeia de suprimentos e da força de trabalho, exacerbadas pela crise na Ucrânia.

Outras preocupações para a fabricante francesa incluem riscos potenciais para componentes eletrônicos devido às tensões entre China e Taiwan.

Trappier também expressou preocupação de que as dificuldades ainda permaneçam quanto à pandemia (Covid-19). “Pensamos que o Covid estava atrás de nós”, disse ele, referindo-se a reincidências de casos em vários mercados.

Trappier creditou a força do mercado no EUA e na Europa pelo aumento dos negócios com o tráfego de jatos executivos que ultrapassou os níveis de 2019 e fortes vendas do mercado de jatos executivos usados.

A Dassault está mantendo sua orientação-meta para 35 entregas de jatos Falcon em 2022, Trappier disse, apesar das pressões que enfrenta na cadeia de suprimentos. [EL] – c/ fontes