DECEA apresenta projeto para implementar a “Área de Vetoração de Subida” (AVS) em Brasília (DF), uma iniciativa de gestão de tráfego pioneira na América do Sul, em 23.09.24


A implementação de uma Área de Vetoração em Subida (AVS), em Brasília (DF), está sendo estudada pelo DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo). O projeto representa um marco significativo na gestão de um tráfego aéreo mais seguro, sendo pioneiro na América do Sul.

O grupo ADHOC-AVS, composto por militares do Subdepartamento de Operações do DECEA e do Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA), divisão do DECEA, apresentaram o projeto na semana de 09 a 13 de setembro, na sede do CINDACTA-I (Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), em Brasília. Os militares, em conjunto com os controladores de tráfego aéreo do Controle de Aproximação e da Torre de Controle de Brasília, debateram sobre os procedimentos que farão parte do projeto piloto da AVS.

A AVS é uma solução inovadora baseada em melhores práticas internacionais, inspirada nas diretrizes da FAA. Trata-se de um espaço aéreo controlado, situado dentro de uma Zona de Controle (CTR) ou de uma Aérea de Controle Terminal (TMA), onde os procedimentos de saída por instrumentos ou de aproximações perdidas podem ser realizados com instruções de proas específicas até que as aeronaves alcancem a altitude mínima de vigilância ATS. O projeto AVS permite uma utilização mais flexível do espaço aéreo próximo aos aeródromos, possibilitando manobras que evitem conflitos nessas áreas, como no caso de arremetidas com decolagens em curso.

A necessidade de se criar a AVS surge da ausência de uma ferramenta adequada para a vetoração abaixo da Altitude Mínima de Vigilância Radar (em cartas ATCMAC – de altitude mínima de vigilância radar, em Terminais), além da busca por evitar incidentes pela proximidade das aeronaves durante as saídas e em procedimentos de aproximação perdida. Destaca-se, também, que a área será vital para agilizar as decolagens em aeroportos congestionados, como o de Brasília (SBBR).

“Os controladores ficaram animados com a possibilidade de se ter uma ferramenta de trabalho que permita a vetoração à baixa altitude e, assim, promover separação entre aeronaves durante as decolagens paralelas sucessivas independentes e durante as arremetidas não programadas. Eles poderão ter uma área que abarque uma variedade de proas que possam conduzir com segurança até uma altitude mínima de área ou de vigilância ATS”, disse o coordenador das atividades do grupo, major especialista em controle de tráfego Aéreo, Sergio Kebach Martins.