DECEA, com participação da Petrobras, estuda situação de ruído no aeroporto de Jacarepaguá, no RJ, em 19.10.21


Atento às reivindicações dos moradores da Barra da Tijuca e de Jacarepaguá, bairros da zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, principalmente quanto ao ruído provocado pela aviação no entorno do Aeroporto de Jacarepaguá (SBJR), o DECEA emitiu, no dia 12/08/2021, a Publicação de Informação Aeronáutica Suplementar (Suplemento AIP) nº 93, elevando a altura das aeronaves no circuito de tráfego, na chegada, no referido aeródromo (no caso da asa fixa, de 1.000 pés para 1.300 pés ou 1.400 pés). Tal medida contribuiu para a redução dos ruídos no aeroporto de Jacarepaguá, que opera das 05h às 22h.

O Suplemento (de Publicação de Informação Aeronáutica) AIP (AIP Sup.) nº 93, de “Carta de Aproximação Visual”, de 12/08/2021, traz a modificação dos itens de 1 a 11 (da VAC, de 05/12/2019), e incorpora as novas regras e condições dispostas no AIC (Circular de Informação Aeronáutica) nº 20/21, com data de vigência em 20/05/21, de “Circulação VFR integrada nas TMA-SP, TMA-RJ e Vale do Paraíba)”.

Ainda como forma de atuar diretamente na solução da problemática, uma comitiva do DECEA e do Centro Regional de Controle do Espaço Aéreo Sudeste (CRCEA-SE), liderada pelo brigadeiro do ar Eduardo Miguel Soares, chefe do Subdepartamento de Operações do DECEA, esteve no Aeroporto de Jacarepaguá, no dia 26 de agosto, e reuniu-se com a administração aeroportuária, a NAV Brasil (empresa responsável pelo tráfego no aeródromo) e representantes das empresas operadoras de helicópteros, com a finalidade de aumentar a consciência situacional sobre a questão.

E dando continuidade à busca de alternativas a fim de mitigar o problema do barulho relatado pelos moradores, na manhã de 08 de outubro, o brigadeiro do ar Eduardo Miguel Soares e o tenente-coronel aviador Diego, chefe da Divisão de Coordenação e Controle (DCCO), receberam uma comitiva da Petrobras, representada por Daniel Gago, gerente executivo de logística de exploração e produção, Carlos Eduardo Xavier Pinto, gerente de segurança e competência em aviação, engenheiro Thyago Hermeto e o consultor Adilson da Silva Lemos Júnior.

A recuperação dos movimentos aéreos vem acontecendo gradativamente no Aeroporto de Jacarepaguá, que atende à aviação geral e provê apoio à atividade offshore, a serviço da Petrobras, tão necessária ao desenvolvimento do pré-sal.

As atividades de prospecção e exploração de petróleo no litoral do país são desenvolvidas nas unidades marítimas (plataformas) localizadas nas áreas oceânicas, suportadas por infraestruturas de apoio baseadas na área continental. A grande maioria das unidades marítimas são equipadas com helipontos para viabilizar o transporte de passageiros e cargas com agilidade. Os blocos de exploração e produção estão mais afastados da costa do Rio de Janeiro na Bacia de Santos e, por facilidades operacionais de segurança, monitoramento ambiental, resgate aeromédico, apoio e econômicas, o ponto de partida mais viável é o aeroporto de Jacarepaguá.

Estudando possíveis alternativas, o DECEA analisou a transferência do tráfego de helicópteros offshore para o Aeroporto Internacional Tom Jobim (GIG/SBGL), distante 12,5 MN a NE do Aeroporto de Jacarepaguá (SBJR). Entretanto, tal possibilidade acarreta aumento, tanto na distância voada por parte das cias. aéreas como em área voada sobre a região povoada na zona sul do Rio de Janeiro, além de impactar na operação dos Aeroportos do Galeão e Santos-Dumont, a 7,7 MN a SE do Galeão e a 12,4 MN a NE-E do Aeroporto de Jacarepaguá (SBJR).

Assim, de maneira coordenada e em busca da melhoria contínua, o DECEA e a Petrobras continuam estudando a movimentação aérea de Jacarepaguá e procurando a melhor solução para a questão do ruído sem degradação da segurança operacional nos entornos.

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