DECEA divulga suas ações de sustentabilidade, pró-ambiente, no seu trabalho de gestão de tráfego aéreo, em 12.06.24


Referência na América Latina e no mundo, o Brasil é um país continental que contribui significativamente para a economia global, sendo o maior PIB do hemisfério sul. E nesta posição de ser uma nação comprometida com o progresso, o Brasil um país que investe no desenvolvimento da sociedade, fomentando continuamente as pesquisas, os mercados, as indústrias, os negócios e o desenvolvimento tecnológico. Todo esse progresso demanda conexão. Assim, tornar as distâncias menores é uma prioridade.

O espaço aéreo sob nossa responsabilidade serve de meio para esta integração nacional, e, no que tange à FAB, a segurança e fluidez de cada voo é a máxima prioridade. Por posição geográfica e por todas as competências detidas, o Brasil é o destino e a porta de entrada de vôos vindos de todos os cantos do planeta, implicando grande movimentação de aeronaves, com aeroportos entre os mais movimentados do mundo, como os de Guarulhos (SBGR) e Congonhas (SBSP), em São Paulo, E Brasília (SBBR), no DF.

O DECEA promove que, na mesma medida em que prioriza o progresso, volta atenção ao meio que o sustenta, com o Brasil detendo a maior biodiversidade do mundo, a maior extensão de floresta tropical e 12% das reservas de água doce do planeta.

Por nota postada no dia 05, o DECEA divulgou que, por meio do Programa SIRIUS Brasil, gerencia e implementa dezenas de projetos que têm por missão promover um tráfego aéreo ordenado, fluído e seguro, que atende às diretrizes da OACI e, ao mesmo tempo, preserva e incrementa ações de sustentabilidade – sendo muitas as medidas ambientais que visam reduzir o impacto do ruído das aeronaves, bem como a emissão de gases poluentes no espaço aéreo.

Dentre ações de sustentabilidade, destacam-se a implementação de trajetórias de vôo mais curtas, perfis ótimos de subida e descida para as diferentes categorias de aeronaves, aumentando da capacidade do espaço aéreo e por fim, a prestação de um serviço de gerenciamento de tráfego aéreo eficiente.

As medidas ambientais implementadas pelo DECEA estão evidenciadas nas três edições do “Plano de Ação para a Redução das Emissões de CO2 da Aviação Civil Brasileira”, documento elaborado em conjunto com a SAC e a ANAC e publicado pelo Ministério da Infraestrutura a cada três anos.

Dentre as ações de destaque, está a implementação do projeto Terminal São Paulo NEO, realizada em maio de 2021, que aprimorou a estrutura de espaço aéreo da Terminal São Paulo, balanceando melhor os fluxos de chegada com o conceito de Point Merge (ponto de convergência de rotas de aeronaves em chegada, para aproximação e pouso, em método utilizado em alguns países do mundo).

O uso do Point Merge System (sistema ponto de convergência), método que visa otimizar o sequenciamento das aeronaves em descida para pouso, especialmente nos momentos de alta demanda de Terminal, foi introduzido no Brasil pelo DECEA no Projeto TMA-SP NEO: Reestruturação da Área de Controle da Terminal (TMA) São Paulo, operacionalizado em maio de 2021, numa iniciativa integrando o Programa SIRIUS Brasil, que trata da estratégia de evolução do Sistema de Gerenciamento de Tráfego Aéreo (ATM) brasileiro, sob a responsabilidade do DECEA.

O método permite que uma aeronave reduza a necessidade de fazer esperas usuais e isso faz com que tripulação possa ganhar tempo e fazer a aproximação de uma maneira mais rápida, otimizando os fluxos dos movimentos que se aproximam de aeródromos congestionados de intensa movimentação aérea.

No caso do aeroporto de Guarulhos (SBGR), o mais movimentado do país, a aplicação do Point Merge System consiste em utilizar dois arcos (pernas de sequenciamento), sendo um maior e outro menor, para receber os maiores fluxos para SBGR e, a partir destes, realizar o sequenciamento entre estes fluxos. O objetivo é absorver uma parte do excesso de tráfegos que chegam, minimizando a necessidade de realização de esperas. Mantendo os critérios de segurança, estas aeronaves são direcionadas para um ponto em comum – o Merging Point (ponto de convergência) e são, em seguida, sequenciadas para o pouso conforme as cartas de aproximação. Utilizando a técnica do Point Merge é possível ao controlador obter maior precisão na separação para o sequenciamento de aeronaves e, ao mesmo tempo, uma redução da carga de trabalho do Controlador de Tráfego Aéreo (ATCO), otimizando sua comunicação com as aeronaves.

Esta medida implicou numa redução anual de emissões de aproximadamente 180 mil toneladas de CO2. Adicionalmente, as novas rotas de chegada e saída implementadas neste projeto reduziram as áreas cobertas pelas Curvas de Ruído do aeroporto, em seus diversos níveis de ruído.

Ressalta-se também as reestruturações dos espaços aéreos das Terminais (TMA) da região nordeste e de diversas rotas de vôo – em especial nas Regiões de Informação de Vôo (FIR) de Recife e Brasília, que, em 2023, entregaram um espaço aéreo com rotas capazes de reduzir em aproximadamente 73.000 MN os vôos das aeronaves que as utilizam durante um ano de operação.

Como reflexo disso, tem-se a redução aproximada na queima de aproximadamente 440 toneladas de querosene de aviação e emissões de 1.340 toneladas de gás carbônico na atmosfera.

A separação mínima entre aeronaves é outra medida relevante, ecologicamente sustentável, que permite gerenciar com segurança mais aeronaves dentre de uma determinada porção do espaço aéreo, cuja capacidade será incrementada pela possibilidade de permitir um maior número de aeronaves perfomando em seus níveis ótimos,  reduzindo significativamente o consumo de combustível e emissão de gases poluentes na atmosfera.