DECEA retoma Decolagens Paralelas Simultâneas Independentes (DPSI) no Aeroporto de Brasília (DF), em 28.04.25


Em nota no dia 23, o DECEA divulgou que o dia 22 (abril) marcou a retomada das Decolagens Paralelas Simultâneas Independentes (DPSI) no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek (SBBR), em Brasília/DF.

Após intensos treinamentos dos controladores de tráfego aéreo do Controle de Aproximação (APP-BR) e da Torre de Controle (TWR-BR) de Brasília, envolvendo o CINDACTA-I (Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo) e o Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA), os profissionais estão altamente capacitados para executar as operações, que também realizam a implementação da Área de Vetoração em Subida (AVS).

A AVS se aplica, especialmente, a situações de contingência, onde a separação entre aeronaves possa ser reduzida. Nesses casos, os controladores do APP-BR e da TWR-BR emitem instruções de proas às aeronaves, dentro da área prevista na Carta AVS, conforme Acordo Operacional entre os dois órgãos. O procedimento foi regulamentado na Circular Normativa de Controle do Espaço Aéreo (CIRCEA) 100-120, e a Carta AVS foi confeccionada pelo Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA), sendo disponível no portal AISWEB.

O Aeroporto de Brasília foi, ainda em 2015, o primeiro da América do Sul a operar com duas pistas paralelas e com separação lateral dentro das especificações da OACI.

Anteriormente, em outubro de 2022, o DECEA publicou a Circular de Informação Aeronáutica (AIC) N 26/22, de “Operações Paralelas Simultâneas no Aeroporto Internacional de Brasília (SBBR)”, com vigência em 01/12/2022.

O aeroporto de Brasília (SBBR), em elevação de 3.498 pés (e coordenadas ARP 15º52’16”S/047º55’07”W), tem duas pistas 11/29 – no setor norte do “sítio”, a pista 11L/29R, de 45 x 3.200 m., de asfalto com resistência de pavimento PCN 76 e resistência de subleito média, e, no setor sul do “sítio”, a pista 11R/29L, de 45 x 3.300 m., de asfalto com resistência de pavimento PCN 68 e resistência de subleito média. As pistas são separadas transversalmente cerca de 1.800 m., neste espaço central sendo disposta toda a infraestrutura terrestre. Entre as pistas, as cabeceiras 11 e 29 são deslocadas longitudinalmente – a cabeceira 11L é cerca de 1.450 m. após a cabeceira 11R (1,45 km a leste), resultando que a 29R é cerca de 1.450 m. antes da cabeceira 29L (1,45 km a leste).

Com a retomada, nos horários mais concorridos, haverá variedade maior de opções de vôos para os passageiros e a diminuição de casos de sequenciamento, quando há diversas aeronaves para pousar e decolar, implicando na redução do gasto de combustível e da emissão de gases na atmosfera.

O chefe do subdepartamento de operações do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), brigadeiro do ar André Gustavo Fernandes Peçanha, destaca a relevância deste trabalho. “Reforçando a integração do Controle de Aproximação com a Torre de Controle, o DECEA contribui para a segurança das operações aéreas, especialmente em aeródromos mais movimentados e com infraestrutura adequada”, explicou o oficial-general. “A combinação da DPSI com a AVS exige um gerenciamento rigoroso do espaço aéreo, consolidando o Brasil como uma referência na América do Sul”, declarou o brigadeiro Peçanha.