Demanda por SAF aumenta, dizem especialistas de sustentabilidade da Bombardier, em 16.11.25
Em post no dia 14 na plataforma online da AIN, Curt Epstein, editor de serviços de aviação executiva da mídia, repercutiu a divulgação do status do momento do combustível de aviação sustentável por dois especialistas do grupo de sustentabilidade da fabricante canadense Bombardier – Kathryn Glynn, profissional de engenharia do grupo de sustentabilidade e estratégia de produtos, e Laurence Casia, gerente de estratégia de produtos, portfólio de produtos e sustentabilidade -, numa apresentação para o público presente no seminário de segurança anual da fabricante – o Bombardier Safety Standdown.
A 29ª edição do Safety Standdown da Bombardier aconteceu entre os dias 11 a 13, no hotel Hyatt Regency, em Wichita, no Kansas (EUA).
Em sua apresentação no dia 13 no Safety Standdown, Casia e Kathryn Glynn, profissional de engenharia do grupo de sustentabilidade e estratégia de produtos da fabricante, destacaram o papel que o SAF desempenhará à medida que o setor busca atingir suas metas de redução de carbono.
“Os combustíveis de aviação sustentáveis estão se tornando cada vez mais relevantes para os setores aeroespacial e de aviação executiva”, disse Laurence Casia, gerente de estratégia de produtos, portfólio de produtos e sustentabilidade da Bombardier.
Embora o SAF ainda represente menos de 1% do fornecimento de combustível de aviação, a demanda, principalmente entre as companhias aéreas, está aumentando juntamente com a oferta. Entre os principais usuários comerciais, a operadora NetJets ocupa a quarta posição no ranking de consumidores de SAF.
Em consonância com o tema de segurança do evento, Glynn descreveu o processo de certificação e testes pelo qual o SAF deve passar. “Do ponto de vista químico, o SAF e o querosene de aviação [QAv, ou JET-A] são quimicamente equivalentes, portanto, possuem as mesmas cadeias de carbono, o mesmo desempenho … e, uma vez misturado, é recertificado simplesmente como JET-A”.
Embora o SAF queime da mesma forma que o JET-A derivado de combustíveis fósseis, a redução das emissões de carbono ao longo de seu ciclo de vida provém da natureza circular das matérias-primas. Em vez de extrair mais carbono do solo na forma de petróleo, as matérias-primas do SAF reutilizam o carbono já presente na atmosfera, na forma de biomassa, óleos e gorduras residuais ou outros materiais renováveis.
Casia observou o custo mais elevado do SAF em comparação com o querosene de aviação convencional (fóssil), o que pode adicionar um terço ou mais ao preço. “Se considerarmos a perspectiva do custo total de operação ou dos custos de propriedade de uma aeronave, podemos ver que essa porcentagem cai para cerca de 7%, o que é um pouco mais compreensível e razoável quando analisamos nesse contexto”, disse Casia, acrescentando que essa dinâmica deve mudar com o tempo. “Acreditamos que, com maior educação e conscientização, a demanda aumentará e os preços deverão cair. Novas instalações entrarão em operação, as economias de escala entrarão em vigor e os preços cairão com o aumento da demanda”, completou Casia.
O SAF (Combustível de Aviação Sustentável) está atualmente aprovado para uso em misturas de até 50%, mas fabricantes de aeronaves executivas – incluindo Bombardier, Gulfstream e Honda Aircraft – já o testaram com sucesso em sua forma pura, sem modificações, em suas aeronaves. [EL] – c/ fonte
