Desenvolvedora israelense desenvolve sistema baseado em sensores e inteligência artificial para detecção de superfície e identificação de objetos estranhos (FOD), em 07.05.24


A empresa israelense Xsight introduziu uma nova abordagem para lidar com os riscos de segurança e os financeiros associados representados por detritos de objetos estranhos (FOD – foreign object debris) em superfície de área de movimento (operacional) de aeroportos. O sistema FODetect, da Xsight, usa sensores remotos de detecção de superfície e inteligência artificial para identificar detritos em superfícies pavimentadas, como ferragens soltas, objeto de ruptura de pavimento, materiais de construção, pedras, areia, fragmentos de bagagem, equipamentos de catering e vida selvagem.

“Os sensores multicamadas do Xsight monitoram continuamente a superfície da pista, distinguem automaticamente entre FOD e vida selvagem, emitem um Código de Condição de Pista (RCC) recomendado de acordo com os requisitos GRF/FAA TALPA da ICAO e fornecem vídeo ao vivo das atividades da pista em todas as condições meteorológicas, dia e noite”, explicou o CEO da Xsight, Amir Leybov. Ele disse que a tecnologia permite que os aeroportos maximizem o rendimento das pistas, garantindo ao mesmo tempo a segurança.

De acordo com a Xsight, o FODetect monitora as pistas continuamente e pode detectar e classificar o FOD e auxiliar na sua rápida remoção. O sistema faz parte do RunWize, que é a solução automatizada de operações de pista da Xsight, que é baseada em sensores de detecção de superfície instalados ao longo da pista.

“O software e os algoritmos FODetect combinam tecnologia de processamento de imagem com sensores de radar para detectar qualquer mudança ao longo da pista”, explicou Leybov. Cada sensor varre seu setor predeterminado entre os movimentos do avião em 60 segundos, permitindo que toda a pista seja escaneada durante esse tempo.

As unidades de detecção de superfície FODetect são espaçadas ao longo de ambos os lados da pista em intervalos de cerca de 200 pés para permitir a sobreposição de cobertura total. Isto, disse Leybov para a mídia de aviação AIN, atinge redundância total, garantindo cobertura abrangente mesmo no caso de falha de um sensor individual. O monitoramento automatizado contínuo da pista garante que os FOD, como pedras, parafusos e pneus estourados, não representem um risco para as operações da aeronave.

A FAA exige que um sistema de detecção de FOD possa identificar objetos tão pequenos quanto 25 mm.

“Posso dizer que nosso sistema identifica objetos muito menores”, Leybov afirmou, acrescentando que a tecnologia combina entradas de radar e sensores ópticos para evitar falsos alertas.

Segundo Leybov, 45% dos destroços encontrados nas pistas vêm de aeronaves decolando e pousando. O FODetect está conectado aos sistemas operacionais do aeroporto por meio de datalink para poder identificar os destroços e a aeronave específica de onde eles se originaram.

Os primeiros casos de uso da tecnologia incluem o Aeroporto Internacional de Seattle-Tacoma, bem como aeroportos na Tailândia, Catar e China (Pequim).

Além das pistas, taxiways, pátios, áreas de giro de motor e posição de estacionamento em portões de embarque-desembarque estão entre os pontos onde os detritos podem ser encontrados. De acordo com estimativas recentes da indústria, os danos relacionados com FOD apenas nos aeroportos do EUA custam cerca de US$ 25 milhões por ano. Globalmente, os custos diretos e indiretos dos danos causados às aeronaves e das interrupções de serviços são estimados em cerca de US$ 23 bilhões anualmente. [EL] – c/ fonte