EAA junta-se à colização que requer mais prazo para adequação de aeronaves, em rádio-altímetro, contra possíveis interferências de sinal de redes sem fio 5G Banda C, em 21.11.22
A EAA – Experimental Aircraft Association (associação de aeronaves experimentais) – uma organização internacional altamente conceituada de entusiastas da aviação com sede em Oshkosh, no Estado Wisconsin (EUA) – juntou-se a empresas que representam amplos segmentos da indústria da aviação em uma petição às agências reguladoras federais do EUA requerendo mais tempo para atualização dos rádio-altímetros contra possíveis interferências de sinal de redes sem fio 5G Banda C.
Em uma carta endereçada à FAA, ao Conselho Econômico Nacional, ao Departamento de Comércio, ao DOT (Depto. de Transporte) e à NTIA ((National Telecommunications and Information Administration, ou Administração Nacional de Informação e Telecomunicações, subordinada ao Depto. de Comércio), a EAA – juntamente com uma coalizão de mais de vinte empresas e organizações aeroespaciais – argumentou que uma miríade de aeronaves que exigem rádio-altímetros novos ou adaptados para operar dentro de zonas 5G não estarão tão equipadas até o final de 2022 – como inicialmente esperado. A carta cita vários motivos para o atraso, entre os quais os atrasos na cadeia de suprimentos.
“Nossa indústria apoia fortemente a implantação e implementação de serviços 5G em todo o país”, informa a carta, “mas não comprometeremos a segurança da aviação. Desde nossas conversas no inverno passado, a FAA verificou que certos RA [rádio-altímetro] de aeronaves são suscetíveis à interferência de sinais 5G com uma subsequente degradação da segurança”, registra a carta.
Há um ano, as cias. aéreas pelo transporte do regulamento PART-121, operadoras de táxi-aéreo (reguladas pelo PART-135) e as transportadoras de carga aérea previram coletivamente que porcentagens significativas de suas respectivas frotas seriam parqueadas se não fossem feitas acomodações para atualizar os rádio-altímetros existentes. Esse reconhecimento precipitou um acordo com a AT&T e a Verizon (operadoras de rede 5G) que estabeleceu um prazo de julho de 2023 para atualizações de rádio-altímetro antes que as operadoras das telecomunicações ativassem suas redes 5G completas.
A AT&T e a Verizon também implementaram várias mitigações – como adotar uma abordagem em fases para manter níveis de energia mais baixos perto de aeroportos e inclinar as antenas para baixo – e concordaram em manter as mitigações até julho de 2023.
Apesar dos acordos e mitigações, os problemas da cadeia de suprimentos relacionados à pandemia Covid prejudicaram os esforços das transportadoras aéreas para atualizar suas frotas dentro do prazo alocado.
Além disso, as entidades da indústria da aviação continuam preocupadas com o fato de que os provedores de comunicação sem fio que não fazem parte do acordo feito pela a AT&T e a Verizon possam, a qualquer momento, iniciar operações 5G com potência total de suas antenas nas proximidades dos aeroportos.
“As partes interessadas não podem fazer isso sozinhas e precisamos que o governo federal codifique as mitigações para todos os aeroportos e estenda os prazos de atualização de julho de 2023 e os prazos fatais para ativação da rede em potência completa”, observou a carta. “Todo o governo deve trabalhar em conjunto para garantir que a implantação futura do 5G seja desimpedida e que nosso sistema de aviação continue sendo o mais seguro do mundo”, registra a carta. [EL] – c/ fontes