EBAA junta-se à iniciativa Climbing Fast, da NBAA – associações trabalharão em conjunto no avanço do desenvolvimento sustentável, em 10.06.24


A EBAA – European Business Aviation Association (associação da aviação executiva européia) aderiu ao programa Climbing Fast, da NBAA – National Business Aviation Association (associação da aviação executiva nacional-americana – EUA), uma iniciativa de defesa multimídia que destaca os benefícios sociais da aviação executiva, anunciaram as duas associações no dia 27, na abertura da feira e convenção da aviação executiva da EBAA (a EBACE). A combinação das associações foi divulgada pelo articulista-colaborador da mídia AIN David Donald, em post no dia 28.

Um dos principais tópicos do Climbing Fast é a sustentabilidade, à medida que o setor da aviação executiva avança em direção ao seu compromisso de ser “carbono zero” (ou emissão zero) até 2050.

Donald escreveu que o assunto esteve no centro da sessão de um painel que foi moderado pelo presidente e CEO da NBAA, Ed Bolen, e pelo secretário-geral da EBAA, Holger. Krahmer.

Um grande desafio é educar os políticos para que vejam o sector como um líder no esforço para a descarbonização e a sua capacidade de implementar e demonstrar mudanças positivas num curto espaço de tempo. Muitos dos políticos, opinou Krahmer, “subestimam as necessidades empresariais e o impacto empresarial” da descarbonização, acrescentando que os políticos muitas vezes “ignoram o potencial da aviação executiva” para impulsionar a mudança. Há uma clara necessidade de informar as agências governamentais sobre o que pode ser alcançado.

Patrick Hansen, CEO da operadora de fretamento européia Luxaviation, acrescentou que “os clientes ricos podem pagar por vôos com baixas emissões” e estão dispostos a fazê-lo. Hansen também observou que a aviação executiva é líder no desenvolvimento de aeronaves elétricas e movidas a hidrogênio.

Por enquanto, essas tecnologias continuam a ser o futuro e atualmente o principal esforço continua a ser a introdução de combustível de aviação sustentável (SAF).

“O SAF é a ferramenta chave para descarbonizar a aviação comercial e também a aviação executiva, mas precisa dos facilitadores certos”, disse Krahmer.

A aviação executiva adotou o uso do SAF com entusiasmo, mas o fornecimento confiável continua sendo um problema, especialmente nos aeródromos menores, onde as aeronaves executivas costumam operar. Transportar SAF para esses locais pode ser caro e também não é eficiente em termos de carbono. Os esquemas book-and-claim podem fornecer um meio de compensar esta situação, mas estes também são ofertados limitadamente, não sendo disponíveis em todos os lugares.

O especialista em soluções climáticas Kennedy Ricci, presidente da 4Air, também destacou outros aspectos distantes da redução das emissões de CO2, como o trabalho para reduzir as emissões de NO2 e trilhas de condensação (contrails). A 4Air analisou recentemente os efeitos adversos e danos que trilhas de condensação (contrails) podem causar e também quando e onde ocorrem.

Kurt Edwards, diretor-geral do Conselho Internacional de Aviação Executiva (IBAC – International Business Aviation Council), informou que a organização está trabalhando em estreita colaboração com a ICAO para implementar o uso do SAF, com o objetivo de alcançar 50% de redução de carbono até 2030. Edwards também destacou outro desafio: esforços de financiamento do desenvolvimento da sustentabilidade. Para ajudar a resolver esta questão, a ICAO criou um “match-maker” (um ‘casamenteiro‘ – no caso, uma plataforma para união de forças) que encontra os investidores certos para iniciativas tecnológicas. [EL] – c/ fonte