Em boicote no rol de sanções econômicas pela invasão pela Rússia da Ucrânia, Boeing anuncia suspensão de serviços e apoio a operadoras aéreas russas, Airbus também suspende os serviços de suporte e fornecimento de peças de reposição, em 02.03.22
Fonte: g1 – 02/03/2022
A fabricante aeronáutica americana Boeing anunciou que suspendeu seus serviços de apoio às cias. aéreas russas e suas operações em Moscou, em uma nova resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia.
“Suspendemos as operações importantes em Moscou”, informou um porta-voz da empresa. “Também suspendemos os serviços de peças, manutenção e apoio técnico para companhias aéreas russas”, acrescentou.
A medida precedeu o anúncio do presidente dos EUA, Joe Biden, de proibir o uso do espaço aéreo americano para aviões russos.
A cia. aérea russa Aeroflot, que opera os modelos Boeing 737 e 777, anunciou na semana passada que suspenderia vôos para a Europa em resposta à proibição de vôos de operadoras russos em espaço aérea da Comunidade Européia.
A Airbus anunciou que parou de enviar peças de reposição para a Rússia e de apoiar as cias. aéreas russas, mas que está analisando se seu centro de engenharia em Moscou pode continuar prestando serviços a clientes locais. “O Centro de Engenharia da Airbus na Rússia (ECAR) suspendeu todas as suas operações para a Airbus em linha com as sanções”, divulgou a fabricante européia em comunicado.
Boeing anunciou que suspendeu as atividades de entregas e suporte de peças de reposição para suas aeronaves na Rússia, em 02.03.22
A Boeing anunciou que suspendeu as atividades de entregas e suporte de peças de reposição para suas aeronaves na Rússia na sequência do EUA ter seguido a União Européia no banimento de todos os vôos originados da Russia pelos seus espaços aéreos, iniciado na quarta.
Nesta segunda dia 28, portavoz da Boeing disse para a mídia AIN que a fabricante americana havia fechado seus centos de operação em Kyviv e pausado as operações no centro de treinamento em Moscou, e que iria aderir a todas as regulações globais impostas no rol de sanções à Rússia.
Na atualização nesta quarta dia 02, a Boeing acrescentou que suspender as maiores operações em Moscou. “Também suspendemos serviços de suporte técnico, de peças e manutenção para transportadoras russas”, informou a fabricante, para emendar: “Enquanto o conflito prossegue, nossas equipes estão focadas em assegurar a segurança de nossos colaboradores na região”.
Em um comunicado separado para a AIN, a Airbus informou na segunda (28) que continuava monitorando a situação de perto mas não detalhou qualquer comentário sobre efeito de sanções na indústria “prematuro”.
Transportadoras aéreas russas operam mais de 700 aeronaves da indústria ocidental. A Airbus informou que sua carteira tem 14 ordens para A350 para a Aeroflot e cerca de 40 jatos A220 e A320, por entregar via lessoras.
Embora países ocidentais ainda não tenham proibido a importação de titânio da Rússia, as fabricantes devem se preparar para uma possível exportação russa deste material vital. Fontes próximas à Boeing, que importa cerca de um terço de seu titânio da Rússia, disseram para a AIN que a fabricante americana não sentiria nenhum efeito imediato de qualquer interrupção na entrega do material porque dispõe de estoque excedente acumulado durante a pausa de produção e entregas dos modelos Boeing. 787 e um período de baixa produção do B.737MAX e B.777.
A Airbus, que conta com cerca de dois terços de seu titânio da Rússia, informou à AIN que está “protegida no curto/médio prazo” porque considera riscos geopolíticos em suas políticas de fornecimento de titânio. [EL] – c/ fontes