Em meio ao início da operação da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) em Itaboraí (RJ) e do gasoduto Rota 3, PETR anuncia construção no pólo de outras unidades de refino para produção de combustíveis, incluindo QAv, e de lubrificantes, em 11.09.24


No dia 11, a Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras informou que iniciou os procedimentos para entrada em operação da maior unidade de processamento de gás natural (UPGN) do país, localizada em Itaboraí, na região metropolitana do Rio de Janeiro. A companhia obteve, no dia 09, autorização da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) para operação industrial da planta.

A unidade receberá gás do pré-sal da Bacia de Santos, transportado por meio do gasoduto Rota 3, que também iniciará operação.

O Projeto Integrado Rota (PIR3), do qual faz parte a UPGN, é estratégico para a Petrobras, pois possibilitará o aumento da oferta de gás natural ao mercado brasileiro, com rentabilidade para a companhia. O PIR3 vai viabilizar o escoamento de até 18 milhões de m³/dia e o processamento de até 21 milhões de m³/dia de gás pela UPGN, ampliando a oferta de gás natural para o mercado nacional e reduzindo a dependência de importações.

Neste momento, estão sendo realizadas as etapas finais de preparo da UPGN, com a calibração de processos e equipamentos. Nessa fase, o gás ainda não é disponibilizado para o mercado.

O início das operações comerciais está previsto para a primeira quinzena de outubro.

A Petrobras passa a nomear o Pólo Industrial de Itaboraí, onde está instalada a UPGN, como Complexo de Energias Boaventura, em referência ao Convento São Boaventura, localizado dentro do pólo industrial e cujas ruínas foram conservadas pela companhia. O Complexo será inaugurado nesta sexta dia 13.

Além do gasoduto implantado para o escoamento de gás natural e da UPGN, a Petrobras está trabalhando em projetos no Complexo, como duas termelétricas a gás para participação nos leilões previstos pelo setor elétrico, e prevê construir outras unidades de refino para produção de combustíveis e de lubrificantes.

Após a conclusão das obras de todo o Complexo, o conjunto de unidades terá capacidade aproximada de produzir [i] 20 mil bpd de querosene de aviação (QAv-1), [ii] 75 mil bpd de diesel S-10 e [iii] 12 mil barris por dia (bpd) de óleos lubrificantes de Grupo II. A planta vai operar em sinergia com a Refinaria Duque de Caxias (REDUC), cujos produtos são QAv, óleo diesel, gasolina, asfalto, nafta petroquímica, gases petroquímicos (etano, propano e propeno), parafinas, lubrificantes, GLP, coque e enxofre.