Em movimentação coletiva, NBAA propõe a criação e implementação de um grupo de trabalho conjunto entre a indústria e o governo de Joe Biden para avaliação dos efeitos de interferência de rádio-frequência para aviação devido à rede 5G, em 12.11.21


A associação de aviação executiva norte americana NBAA juntou-se com uma série de entidades, organizações e partes interessadas, com figuras da indústria aeroespacial de todo o mundo, para clamar pelo adiamento da implementação da rede 5G na banda C até que a segurança e eficácia do Sistema Nacional de Espaço Aéreo (NAS – National Airspace System, do EUA) estejam garantidas. Para desenvolver uma resposta comum à nova rede 5G e criar soluções viáveis ​​para o problema de rádio-interferência, a mobilização coletiva propõe a criação e implementação de um grupo de trabalho conjunto entre a indústria e o governo de Joe Biden.

E em dezembro passado, a NBAA divulgou uma carta, com pouco alarde, abordando e alertando para as mesmas questões que constam no recente Boletim de Aeronavegabilidade Especial publicado pela agência FAA.

A FAA publicou Boletim de Informação de Aeronavegabilidade Especial (SAIB – Special Airworthiness Information Bulletin) – o AIR nº 21-18 –, com emissão em 02/11/2021, para abordar e destacar possíveis problemas de interferência em equipamento Rádio-altímetro por novas redes de celular 5G.

SAIB/AIR nº 21-18, de “Risk of Potential Adverse Effects on Radio Altimeters” (Risco de Efeitos Adversos Potenciais em Rádio-altímetros), emissão em 02/11/2021:
https://rgl.faa.gov/Regulatory_and_Guidance_Library/rgSAIB.nsf/(LookupSAIBs)/AIR-21-18?OpenDocument
https://rgl.faa.gov/Regulatory_and_Guidance_Library/rgSAIB.nsf/dc7bd4f27e5f107486257221005f069d/4de54a9e3a7b8e358625875200549a2c/$FILE/AIR-21-15%20R1.pdf

A implantação da rede 5G no EUA a partir de 05 de dezembro será, inicialmente, na banda de frequência de 3.700 a 3.800 MHz e, posteriormente, na banda de 3.700 a 3.980 MHz.

Rádio-altímetros usam banda de 4.200 a 4.400 MHz.

Desde então, embora a Verizon e a T-Mobile tenham concordado em adiar brevemente a ativação da rede pretendida na faixa de frequência objeto de receio, possivelmente interferente, as empresas de telecomunicações afirmam que a ativação não terá efeito nos equipamentos das aeronaves.

Mas a avaliação e os testes reais ainda precisam absolver as redes de interferência anômala. A criação de um grupo de trabalho conjunto permitiria aos participantes reunir seus testes, recursos, dados e resultados enquanto buscam estudar a totalidade dos efeitos da rede 5G em rádio-altímetros aeronáuticos. Com décadas de equipamentos em uma miríade de tipos de aeronaves, é uma tarefa difícil garantir o funcionamento adequado sem amplo suporte e assistência.

“Acreditamos que é responsabilidade do NEC [Conselho Econômico Nacional] trabalhar com a FCC e a FAA para reunir um grupo de trabalho conjunto da indústria e continuar a postergar a implantação de tecnologia 5G nesta banda até que a segurança e a eficiência do NAS sejam garantidas. O objetivo deste grupo de trabalho seria alcançar mitigações aceitáveis​​”, registra um comunicado da NBAA. “A aviação não será capaz de manter o nível atual de segurança pública e atividade econômica sem o apoio da Administração Biden-Harris e a implementação de mitigações pela indústria de telefonia móvel [celular]”, completa o comunicado.

“A NBAA continua comprometida em trabalhar com os reguladores e nossos parceiros da indústria para identificar soluções viáveis ​​para todas as partes”, disse Heidi Williams, diretora sênior da NBAA para serviços e infraestrutura de tráfego aéreo. Williams completou: “Embora dados e comunicações de alta velocidade tenham muitos benefícios, devemos antes de mais nada garantir que tais sistemas não comprometam a segurança e integridade das operações dentro de nosso sistema de espaço aéreo nacional”. [EL] – c/ fontes