EMBRAER chega a 75 entregas no último trimestre de 2024, totalizando 206 novas aeronaves no ano, em 08.01.25


No dia 07, a EMBRAER divulgou que entregou 75 aeronaves no 4T24 – ou 27% acima do registrado no trimestre anterior (3T24), quando 59 aviões foram entregues, e igual ao volume do mesmo período de 2023 (4T23).

Durante o ano todo de 2024, 206 aviões foram entregues ou 14% acima das 181 aeronaves de 2023.

Com 31 entregas nos últimos três meses, a unidade da Aviação Comercial chegou a 73 novas aeronaves em 2024 (no teto das estimativas revisadas de 70-73 para o ano e dentro das estimativas originais de 72-80).

Enquanto isso, a unidade da Aviação Executiva foi responsável por outros 44 jatos no 4T24 e pelo total de 130 entregas anuais (no ponto médio das estimativas originais para o ano).

Na comparação com 2023, o crescimento nessas unidades de negócio foi de 14% e 13%, respectivamente.

Por último, Defesa & Segurança também superou o resultado do ano anterior com a entrega de 3 novos C-390 Millennium em 2024 versus 2 em 2023.

EMBRAER fecha 2024 com 206 aviões entregues, volume de 25 aeronaves a mais, 14% maior, do que em 2023
A EMBRAER entregou 206 aviões em 2024, de acordo com balanço divulgado pela fabricante nesta terça-feira (07). São 25 aeronaves (13,8%) a mais do que em 2023, quando foram entregues 181 aviões.

A EMBRAER registrou alta nas entregas de aviões nos três segmentos – de aviação comercial, executiva e de Defesa.

Na aviação executiva, foram entregues 130 jatos em 2024, com alta de 15 unidades (13%), sendo 75 atos leves (Phenom), com uma alta de uma unidade (1,35%), e 55 jatos médios (Praetor), com alta de 14 unidades (34,1%).

Na aviação comercial, foram 73 aeronaves entregues em 2024, contra 64 em 2023, alta de 9 unidades (14,1%). As entregas dos jatos E2 foram o destaque do ano: foram 47 jatos (64,4%), sendo 39 jatos E195-E2 e 8 E190-E2, com alta de 17 unidades (56,7%), versus 30 aeronaves, sendo 38 jatos E195-E2 e 1 E190-E2. A carteira se completou com entregas de 26 jatos E175, versus 25 jatos em 2023.

Por último, no ramo de defesa e segurança, a fabricante de aviões entregou três cargueiros C-390 em 2024, contra dois em 2023 – crescimento de 50%.

Dados do 4T24 (permitindo atingimento do topo da faixa de orientação revisada para aviação comercial de 70 e 73 unidades e o ponto médio ponto médio da orientação para a aviação executiva) confirmam forte 2024 – e mercado projeta mais crescimento
Fonte: InfoMoney – 08/01/2025
A fabricante de aeronaves EMBRAER (EMBR) anunciou, na terça-feira (7), seus números de entregas para o 4T24, sem fornecer detalhes da backlog (carteira de pedidos).

De acordo com JPMorgan, os números de entregas no trimestre permitiram que a EMBRAER alcançasse o topo da faixa de orientação revisada para aviação comercial de 70 e 73 unidades, com 73 entregas no ano completo, sendo 31 no 4T24, acima das 28 aeronaves previstas pelo banco.

Na aviação executiva, foram entregues 130 jatos no ano, atingindo o ponto médio da orientação de 125-135, com 44 entregas no 4T24, alinhados com a expectativa do banco americano.

Embora os números não tenham sido divulgados, o JPMorgan prevê que a backlog no 4T24 deve estar em torno de US$ 23 bilhões, alta de 1,5% na base trimestral ou 23% na base anual, considerando os pedidos recentes na área de defesa.

Analistas do JPMorgan esperavam uma reação marginalmente positiva no pregão de hoje para as ações (EMBR/ERJ), já que as entregas de aeronaves comerciais foram 11% superiores ao esperado, o que deve resultar em uma receita líquida para o 4T24 de aproximadamente US$ 2,40 bilhões, ante a previsão do banco de US$ 2,16 bilhões e consenso de US$ 2,07 bilhões, impulsionada por entregas maiores e um mix mais valorizado.

Para o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, o JPMorgan acredita que pode atingir cerca de US$ 285 milhões, acima do consenso de US$ 240 milhões.

O banco americano avalia a EMBRAER (negociando a 7,9 vezes Valor da Firma (EV)/EBITDA 2025, em comparação com Airbus a 11,7 vezes e Bombardier a 7,8 vezes.

Com isso, o banco reiterou recomendação de compra e preço-alvo para a ação EMBR3 de R$ 78,00.

O Itaú BBA, por sua vez, comenta que os números publicados pela EMBRAER forneceram confiança adicional na previsão de 80 entregas comerciais em 2025, pois isso representaria um ritmo de crescimento próximo ao desempenho visto nos anos anteriores. Além disso, o BBA avalia que a projeção de 140 entregas executivas para 2025 parece alcançável com base no desempenho em 2024.

O BBA reforçou recomendação de compra para a EMBRAER e preço-alvo de US$ 47 por ADR (recibo de ações negociado nos EUA), pois ainda vê espaço para revisão positiva dos lucros no consenso, impulsionado por uma forte tendência de receita e melhoria da lucratividade.

Já o Bradesco BBI classificou os dados como positivos para EMBRAER, pois com as entregas do 4T24, a fabricante atingiu o limite superior de sua projeção de entrega de aeronaves comerciais e o ponto médio de sua previsão de entrega de 125-135 aeronaves executivas para 2024.

Em segundo lugar, as 6 entregas extras de aeronaves comerciais para 31 unidades no 4T24 de 25 no 4T23 indicam uma melhoria na taxa de produção, mesmo se levarmos em consideração um mix mais benéfico em termos de taxa de produção com 35% de jatos E175 no 4T24, contra 28% no 4T23. Na avaliação do BBI, isso pode ser outro sinal da melhoria gradual da cadeia de suprimentos para fabricantes (OEM) de aeronaves.

No caso de jatos executivos, embora a entrega de 44 jatos no 4T24 tenha sido menor do que os 49 entregues no 4T23, o resultado ficou em grande parte em linha com a expectativa de consenso e pode ser explicado pelos esforços da empresa em reduzir a concentração de entregas de aeronaves no quarto trimestre.

Embora os ‘gargalos’ relacionados à cadeia de suprimentos continuem a ter um efeito negativo na indústria aeroespacial em todo o mundo, a XP avalia as entregas da EMBRAER para o ano fiscal de 2024 como ligeiramente positivas, com a empresa sendo capaz de atingir seu guidance tanto na divisão comercial (mesmo dentro do intervalo original) quanto na executiva.

O BBI manteve recomendação de compra e preço-alvo (ADR-ERJ) para o ano fiscal de 2025 de US$ 43,00.

A reação dos papéis EMBR3 foi relativamente neutra pela manhã – às 11h (horário de Brasília), a ação caía 0,35%, a R$ 57,85 -, mas a ação fechou o pregão com cotação de R$ 58,05 (alta de 2.07%), com preço médio de R$ 57,88 e máximo de R$ 58,22 e mínimo de R$ 56,92, com abertura a R$ 57,22. O volume negociado no dia foi de R$ 360,58 milhões, representando 2,2% do volume total do IBOVESPA no dia.