Emirados Árabes Unidos considerando implementação de compromissos (obrigações) de uso de SAF, em 19.11.25
Em post no dia 18 na plataforma online da AIN, a redatora de notícias da mídia Charlotte Bailey repercutiu que o Emirados Árabes Unidos (EAU) está considerando implementar misturas obrigatórias de SAF, com um Comitê executivo analisando impacto da exigência de adesão de 1%.
A postagem de Bailey foi feita em meio da cobertura da AIN da feira de aviação Dubai Airshow 202, no Emirados Árabes Unidos, que acontece entre os dias 17 e 21 (de nov.).
Segundo Bailey, enquanto o Emirados Árabes Unidos trabalha para implementar seu roteiro de combustível de aviação sustentável (SAF), uma exigência atual, ainda que flexível, de uma mistura voluntária de 1% pode em breve ser substituída por uma obrigatoriedade.
Em um evento da Airbus na manhã do dia de abertura do Dubai Airshow, Sharif Al Olama, subsecretário de energia e assuntos petrolíferos do Ministério de Energia e Infraestrutura do Emirados Árabes Unidos, explicou que, ao longo do próximo ano, uma avaliação abrangente do impacto econômico da iniciativa norteará a futura regulamentação.
“Queremos começar com o pé direito [em relação ao SAF]”, disse Al Olama. “Nós, no Emirados Árabes Unidos, temos o poder de impulsionar isso em escala global”, emedou Al Olama.
Na próxima semana, Al Olama realizará reuniões com o Aeroporto de Abu Dhabi, o Aeroporto de Dubai, a Etihad Airways e a Emirates para discutir, pela fala de Al Olama, “quando podemos avançar para a próxima fase”.
De modo geral, Al Olama cita as reações dessas partes como “muito positivas”, com o Comitê de SAF e LCAF [Lower Carbon Aviation Fuel – Combustível de Aviação com Baixo Teor de Carbono] do Emirados Árabes Unidos também “desempenhando um papel na mediação entre os compradores e os fornecedores”.
Al Olama acredita que a região do Emirados Árabes Unidos e Oriente Médio está bem posicionada para liderar o desenvolvimento do SAF por diversos motivos. “Primeiro e mais importante, é a capacidade [do Emirados Árabes Unidos] de atrair investimentos, disponibilizar financiamento e, também, a facilidade de fazer negócios. Em segundo lugar, temos um governo muito ágil. […] E, em terceiro lugar, temos certos recursos que podem nos ajudar a cumprir esse tipo de mandato”, disse Al Olama para a AIN.
Uma iniciativa em andamento em Hong Kong para converter resíduos aeroportuários em SAF também é um “modelo que podemos aplicar imediatamente em outros lugares”, acrescentou Al Olama, observando que “a escala dos aeroportos que temos no Emirados Árabes Unidos” está idealmente posicionada para se beneficiar de um uso semelhante do “ecossistema abrangente”.
Maryam Ali AlBalooshi, gerente ambiental da Autoridade Geral de Aviação Civil do Emirados Árabes Unidos, acrescentou que existe uma pressão para alcançar “um bom resultado” até 2028. “Estamos tentando construir nosso modelo de uma maneira diferente [de outros países]”, sugeriu ela, concluindo que, embora o Emirados Árabes Unidos tenha a política e o roteiro definidos, “outros elementos estão [atualmente] faltando”, completou Ali AlBalooshi. [EL] – c/ fonte
