Equinor pesquisa biocombustíveis (como bio-QAv) a partir de resíduos agroflorestais no Brasil – empresa investirá R$ 8,5 mi no projeto que tem como objetivo contribuir para o refino de um hidrocarboneto de baixa emissão de carbono, em 13.01.23


Fonte: Reuters/InfoMoney – 13/01/2023
A norueguesa Equinor e o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) firmaram uma parceria para o início de uma pesquisa para a produção de bio-hidrocarbonetos, como o diesel verde e o bioquerosene de aviação (bio-QAv), a partir de resíduos agroflorestais.

O objetivo é contribuir para o refino de um hidrocarboneto de baixa emissão de carbono, em linha com as metas da Equinor de redução de emissões do escopo 1 nas operações da companhia, que investirá cerca de 8,5 milhões de Reais no projeto pioneiro.

A pesquisa terá também aporte de 4,7 milhões de Reais da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII) e contrapartida econômica da Unidade EMBRAPII de Biotecnologia do CNPEM, organização privada sem fins lucrativos que atua sob a supervisão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.

A Equinor tem a ambição global de ser neutra em emissões de carbono em 2050 e pretende, já em 2030, dedicar metade de seus investimentos, até o período, para renováveis e soluções de baixo carbono.

“Pesquisa e desenvolvimento são fundamentais para que possamos moldar o futuro da energia e a academia é parte fundamental nesse sentido”, disse a gerente de PD&I da Equinor Brasil, Andrea Achôa, em nota.

O projeto ainda contará com colaboração internacional entre pesquisadores do Brasil e do Centro de Pesquisas da Equinor na Noruega.

Por meio da iniciativa, várias atividades serão realizadas, no Laboratório Nacional de Biorrenováveis (LNBR), do CNPEM, para compreender os mecanismos moleculares para a descarboxilação de ácidos graxos e avançar na sua aplicação para a produção microbiana de bio-hidrocarbonetos a partir de açúcares que serão obtidos, por sua vez, por meio de resíduos de agroflorestas.

Nos sistemas agroflorestais, árvores são plantadas junto com cultivos agrícolas.

“A expectativa é de que, na fase de desenvolvimento do projeto, testes sejam conduzidos em planta piloto para escalar a produção da energia renovável que terá como destino a ponta das operações da companhia de energia”, acrescentou Achôa.

Segundo a pesquisadora do CNPEM, Leticia Zanphorlin, trata-se de um projeto inovador com foco em moléculas que podem impactar diretamente o setor de transporte de longas distâncias, como o da aviação.