EUA apreende segundo jato Dassault Falcon presidencial da Venezuela, em 11.02.25


Fonte: g1 – 07/02/2025
O governo da Venezuela repudiou no dia 07 a apreensão de uma aeronave presidencial de Nicolás Maduro pelo EUA, a segunda desde setembro do ano passado. O governo Maduro chamou de “roubo descarado” e afirmou que a medida é ilegal.

A apreensão foi supervisionada pelo secretário de Estado do EUA, Marco Rubio, no dia 06, durante visita à República Dominicana.

A Venezuela chamou Rubio de “ladrão de aviões” e “mercenário do ódio”.

Esta é a segunda aeronave venezuelana apreendida pelos Estados Unidos no país caribenho nos últimos meses.

“A República Bolivariana da Venezuela denuncia ao mundo o roubo descarado de uma aeronave pertencente à nação venezuelana, executado por ordem do secretário de Estado do EUA, Marco Rubio. (…) Este ataque contra a Venezuela demonstra que Rubio não passa de um criminoso disfarçado de político, usando seu cargo para saquear e privar nosso país de seus bens. Seu ódio o transforma em um delinquente internacional, capaz de violar qualquer norma para prejudicar nossa Pátria”, divulgou o governo venezuelano.

No comunicado, o governo venezuelano também chamou o governo dominicano de “submisso” e afirmou que o Maduro tomará as “ações necessárias” para denunciar a apreensão e exigir a devolução imediata da aeronave.

O segundo avião apreendido, no dia 06, é um jato executivo Dassault Falcon 200, utilizado por Maduro, assessores e ministros venezuelanos em viagens internacionais. A aeronave foi usada em visitas de autoridades à Grécia, Turquia, Rússia e Cuba. O avião estava passando por uma manutenção em um aeroporto de Santo Domingo quando foi apreendido.

Autoridades americanas afirmaram que a aeronave foi “recuperada” com base em violações de sanções impostas contra a Venezuela, controles de exportação e lavagem de dinheiro.

O primeiro avião presidencial venezuelano – um jato executivo Dassault Falcon 900EX – foi apreendido pelo EUA em setembro de 2024. A aeronave também estava parada na República Dominicana. Na ocasião, o governo norte-americano afirmou que reteve o jato devido à violação de sanções impostas pelo EUA ao regime de Nicolás Maduro. À ocasião, segundo o Departamento de Justiça (DoJ), a apreensão se deu por violação das sanções impostas por Washington contra o país. Além disso, autoridades americanas afirmaram que a aeronave foi comprada ilegalmente por meio de uma empresa fantasma e contrabandeada para fora do EUA. A apreensão do avião aconteceu em meio à pressão internacional sobre o presidente venezuelano devido à eleição presidencial. As autoridades da Venezuela declararam vitória para Maduro, mas não apresentaram as atas eleitorais, que comprovariam o resultado. À época, o governo venezuelano classificou a medida como “pirataria”.

A nova apreensão acontece em um contexto de incerteza sobre como a administração de Donald Trump lidará com a Venezuela. Na semana passada, um enviado do governo norte-americano se reuniu com Maduro em Caracas. Durante o encontro, os dois discutiram a questão da imigração ilegal e o retorno de venezuelanos que foram detidos sem documentação. Além disso, o enviado levou de volta para os Estados Unidos seis americanos que estavam presos na Venezuela.

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