FAA com a missão de reestruturação de seus serviços para atendimento em tempo das demandas da indústria, em 27.06.23


Conforme artigo de Kerry Lynch na mídia AIN on line de 22/06/2023, superada a pandemia de Covid, a FAA teve que se reavaliar e “voltar a focar em nossa missão principal”, enquanto trabalha para recuperar longos atrasos de certificação, registro e outros serviços, disse Jodi Baker, vice-associada da administração da agência FAA para a segurança da aviação.

Falando aos participantes da NATA – National Air Transportation Association (associação do transporte aéreo nacional – do EUA), no Air Charter Summit (seminário do transporte aeréo por fretamento) no dia 22, Baker observou que a FAA percebeu que “há mais atividade e não podemos continuar gerenciando o trabalho da mesma maneira que sempre fizemos”.

Baker prestou informações de que a FAA está avaliando como poderia alavancar sua força de trabalho e priorizar, ela admitindo que havia necessidades de eficiências e lições aprendidas com o ambiente pandêmico quando as pessoas trabalhavam remotamente. Embora tenha dito que, embora o trabalho remoto em si não seja um problema, a colaboração e o gerenciamento de reuniões precisam ser aprimorados, reconheceu Jodi. No entanto, Jodi enfatizou: “Na verdade, tomamos muitas ações, algumas das quais estamos particularmente orgulhosos”, e disse que a FAA já está vendo resultados, principalmente nos tempos de espera com registros aeronáuticos.

Caitlin Locke, vice-diretora executiva interina da Flight Standards Service, concordou, observando que o tempo de registro era de 191 dias – “o que era inaceitável” – e hoje é de 46 dias com a meta de atingir 30 dias até setembro.

“Não fizemos nada tão maluco” para chegar lá, mas nos concentramos em como a agência poderia melhorar a situação, disse Locke. Isso incluía olhar para pequenas melhorias, trazer mais funcionários e treinar pessoas para que pudessem fazer mudanças maiores. Da mesma forma, na certificação de novos candidatos-proponentes – sejam organizações pelo transporte PART-135 e para manutenção PART-145, ou mesmo drones -, a FAA teve que fazer mudanças, disse Locke.

A FAA está recebendo cerca de dois a três candidatos-proponentes por dia, onde são disponíveis recursos para uma nova certificação por dia. Isso resultou em uma “lista incrivelmente grande” que ultrapassou 750 solicitações e se traduzindo em “dois ou até três anos para iniciar o processo de certificação”, disse Locke. “Não ser capaz de dar à indústria a certeza de quando eles podem começar o processo para obter o certificado que eles precisam para operar é uma situação insustentável”, pontuou Locke. Não há uma maneira de resolver isso, mas, novamente, “muitas pequenas coisas que poderíamos fazer”, disse Locke.

Na semana passada, a agência conseguiu centralizar um processo para candidatos a drones para fins agrícolas. Com isso, a FAA conseguiu processar 200 candidatos, o que libera recursos para outras solicitações. Isso ajuda o restante da indústria, além do setor por drones, o que, por sua vez, alivia a pressão sobre a escassez de pilotos agrícolas.

Locke e Baker fazem parte de uma agenda atribulada para o Air Charter Summit.

O dia do evento começou com os palestrantes abordando uma variedade de tópicos, desde os novos requisitos de manifesto da indústria de segurança de transporte até preocupações sobre objeções ao uso da PART-380 (fretamento aéreo por operadores estrangeiros).

Tony Schneider, diretor executivo de tráfego aéreo da Safety Oversite Service, que alertou que as incursões de pista normalmente aumentam nos meses de primavera e verão (americano) e pediu que os operadores levem isso em consideração em seu gerenciamento de segurança.

Shannetta Griffin, administradora associada de aeroportos da FAA, forneceu uma visão geral dos preparativos que sua unidade está fazendo para se preparar para novos operadores e também discutiu preocupações sobre recusas de fabricantes em compartilhar certas propriedades intelectuais, dificultando tais preparativos. [EL] – c/ fontes