FAA e EASA prometem forte cooperação para enfrentar os desafios da aviação da próxima década, em 17.06.24


Uma nota com postagem compartilhada no dia 13 entre as autoridades de aviação civil EASA e FAA divulga que as duas agências comprometeram-se a trabalhar em conjunto para enfrentar os desafios de uma indústria da aviação em rápida mudança e evolução e a velocidade crescente de desenvolvimento de tecnologias futuras.

Os líderes da EASA e da FAA discutiram o compromisso renovado na Conferência Internacional de Segurança da Aviação de 2024.

As discussões nas sessões plenárias e reuniões paralelas na conferência, de três dias, sobre o tema “Building foundations: preparing for the next decade together” (Construindo alicerces: preparando juntos para a próxima década) reforçaram que uma forte colaboração entre reguladores é essencial para acompanhar esta rápida evolução.

A FAA e a EASA comprometem-se a:
– priorizar esforços cooperativos aprimorados em todos os níveis de trabalho entre as duas organizações;
– reforçar o foco e a troca de informações sobre a supervisão da segurança para promover uma forte cultura de segurança;
– otimizar os recursos das duas organizações e aproveitar plenamente o Acordo de Segurança da Aviação entre a União Européia e o EUA e, incentivando os peritos técnicos a trabalharem em conjunto e à base de mútua confiança para reduzir a duplicação de esforços, adotando uma abordagem baseada no risco;
– aprofundar a colaboração proativa em atividades de certificação e em estruturas operacionais para tecnologias novas e inovadoras;
– expandir e  direcionar da cooperação nos esforços de regulamentação no início do processo de desenvolvimento;
– promover a sustentabilidade da aviação, especialmente atividades sobre desenvolvimento e implantação sustentável de combustíveis para aviação;
– a parcerias para garantir que os objetivos do Bilateral Enhancement Roadmap (Roteiro de Melhoria Bilateral) nas atividades de certificação sejam alcançados;
– reforçar a cooperação na análise e mitigação dos riscos sistêmicos de segurança bem como na inovação e nas futuras tecnologias da aviação; e,
– facilitar o intercâmbio e a partilha de informações sobre áreas atuais e riscos emergentes enfrentados pela segurança da aviação, tais como cibernéticas, zonas de conflito e interferências em navegação GNSS.

“Nosso objetivo é promover uma abordagem cooperativa e coletiva para a segurança e modernização da aviação”, disse o administrador da FAA, Mike Whitaker. “À medida que olhamos para a próxima década, o estabelecimento de uma direção estratégica unificada baseada na partilha de informações e na colaboração com os nossos parceiros internacionais irá satisfazer as necessidades do nosso sistema de aviação global do futuro”, Whitaker completou.

“A indústria da aviação está no período de mudança mais rápida desde o início dos vôos comerciais. Novas tecnologias são urgentemente necessárias para tornar a indústria mais sustentável. Outras inovações, por exemplo na inteligência artificial, estão a surgir rapidamente e temos uma mudança geracional na força de trabalho”, afirmou Florian Guillermet, diretor-executivo da EASA. “É mais importante do que nunca que os reguladores internacionais da aviação trabalhem juntos para acompanhar as mudanças e garantir que as necessidades de segurança sejam sempre atendidas”, Guillermet acrescentou.

em post no dia 14, Kerry Lynch, editora da revista mensal AIN, divulgou o compromisso de cooperação das agências EASA e FAA, anunciado e detalhado, na véspera, como parte da Conferência Internacional de Segurança da Aviação FAA-EASA 2024, realizada na semana em Washington, D.C.

Lynch escreveu que EASA e FAA delinearam uma iniciativa multifacetada para colaborar em formas de enfrentar os desafios da indústria em rápida evolução e da velocidade das novas tecnologias.

Grupos e organizações de aviação saudaram o compromisso das duas agências regulatórias e, numa declaração conjunta, registraram: “A parceria transatlântica é fundamental para uma indústria da aviação global segura, eficiente e sustentável”.

As associações que assinaram a declaração – incluindo a GAMA (General Aviation Manufacturers Association – Associação das Fabricantes de Aviação Geral), a AIA (Aerospace Industries Association – Associação das Indústrias Aeroespaciais), a Airlines 4 America e a Airlines 4 Europe – acrescentaram: “É mais crítico do que nunca que a União Européia e o EUA garantam uma abordagem coordenada com estas prioridades em mente”. E citaram prioridades para melhorar a segurança e a eficiência, reforçar a segurança, apoiar a inovação e preparar a força de trabalho para o futuro. [EL]