FAB intercepta avião procedente da Venezuela clandestinamente e, com execução de Tiro de Detenção, avião acaba por colidir com terreno, em 17.02.25

A FAB informou, no dia 12, que na manhã do dia 11 atuou para interceptar uma aeronave ingressa clandestinamente no espaço aéreo brasileiro, procedente da Venezuela. A ação ocorreu sob coordenação do COMAE – Comando de Operações Aeroespaciais. A ação foi realizada em conjunto com a Polícia Federal e seguiu todos os protocolos das Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA), conforme previsto no Decreto nº 5.144, de 16 de julho de 2004. A interceptação integrou a Operação Ostium, que tem como objetivo “sufocar” atividades criminosas na fronteira brasileira.
Seguindo a legislação vigente, foram aplicadas as medidas de averiguação, que visam a determinar ou a confirmar a identidade de uma aeronave, ou, ainda, a vigiar o seu comportamento. Na sequência, foram executadas as medidas de intervenção, que consistem na determinação à aeronave interceptada para que modifique a rota, com o objetivo de forçar o pouso em aeródromo determinado. Sem resposta positiva por parte da aeronave interceptada, foi necessário executar as medidas de persuasão. Neste estágio, são efetuados tiros de aviso, de maneira que possam ser observados pelos traficantes que se encontravam na aeronave interceptada, com o objetivo de persuadi-los a obedecer às ordens transmitidas. Não atendendo aos procedimentos coercitivos descritos no Decreto nº 5.144, a aeronave foi classificada como hostil e, dessa forma, submetida ao Tiro de Detenção (TDE), que consiste no disparo de tiros, com a finalidade de impedir a continuidade do vôo. Essa medida é utilizada como último recurso, após a aeronave interceptada descumprir todos os procedimentos estabelecidos e forçar a continuidade do vôo ilícito. Com a execução do Tiro de Detenção, o avião interceptado, classificado como hostil, veio a colidir com o solo.
Os disparos de tiros (TDE) e o ponto da queda do avião foram nos “arredores” de Manaus.
No dia 12, um helicóptero H-60 Black Hawk, pertencente ao 7° Esquadrão do 8° Grupo de Aviação (7º/8º GAV – Esquadrão Hárpia), foi acionado para verificação da área de queda do avião – de floresta -, a fim de realizar a identificação positiva do ilícito. Com participação de agentes da PF na ação, foram identificados dois traficantes sem vida e confirmada, ainda, a presença de drogas no interior da aeronave, que foi destruída por choque e explosão.