FAB realiza mapeamento aéreo em Surucucu (RR), com finalidade de subsidiar projetos de melhoria da infraestrutura aeroportuária da região, em 10.09.25

Em nota no dia 09, a FAB divulgou que equipes da Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (COMARA) e do Serviço Regional de Infraestrutura da Aeronáutica de Brasília (SERINFRA-BR) concluíram, em julho, o mapeamento aéreo da localidade de Surucucu (RR), situada no “coração” da Terra Indígena Yanomami (TIY).
A ação resultou na aquisição de mais de 130 gigabytes de dados obtidos por meio de drones, cobrindo uma área aproximada de 20 km².
O levantamento tem como finalidade subsidiar projetos de melhoria da infraestrutura aeroportuária da região, fundamental para ampliar a capacidade do modal aéreo em uma área sem acesso por estradas ou rios navegáveis. Entre as metas do trabalho está o estudo de viabilidade de uma nova pista de pouso, localizada a cerca de 7 km (3,8 MN) do pólo-base de Surucucu, além do traçado da via de ligação entre o aeródromo atual (SWUQ) e o futuro sítio aeroportuário.As imagens georreferenciadas e os dados geodésicos coletados serão processados com softwares de modelagem digital do terreno, possibilitando a criação de um modelo em ambiente de realidade virtual. O recurso garantirá maior precisão e agilidade na elaboração dos projetos, com reflexos diretos no desempenho e na segurança da infraestrutura.
O município de Alto Alegre dispõe, para base de atendimento à localidade de assistência aos Yanomamis, o aeródromo privado atual Surucucu (SWUQ), base de 4° PEF (Pelotão do Exército de Fronteira), a 177 MN a oeste de Boa Vista (SBBV), com pista asfaltada de 1.080 m. para operação VFR diurna. A conversão de classificação de aeródromo público/restrito (com veto para operações de aeronaves civis), para aeródromo privado se deu em processo de 2015, aberto pela FUNAI – Fundação Nacional do Índio para regularização de um conjunto de aeródromos em comunidades indígenas.
No município, mais próximos ao campo, estão os aeródromos privados “pista-fazenda”:
– Waphuta (SDZK) – com pista de terra de 350 m., a 10 MN a NW de SWUQ
– Aratha-ú (SJYJ) – com pista de grama de 650 m., a 20 MN a NW de SWUQ
– Parafuri (SJMI) – com pista de grama de 600 m., a 30 MN a NW de SWUQ
– Hakoma (SJLC) – com pista de terra de 600 m., a 8,5 Mn a SE de SWQU
– HAXIU (SDMG) – pista de grama de 515 m., a 11,5 MN a SW de SWUQ
– Xidea (SJNG) – pista de grama de 800 m., a 19 MN a SW de SWUQ
Estes aeródromos – operados pela FUNAI – Fundação Nacional do Índio – estão “fechados” devido à não apresentação de PBZPA – Plano Básico de Zona de Proteção de Aeródromo, com operações sendo permitidas apenas em caráter emergencial e precário, sempre no interesse do atendimento aos povos indígenas e apenas por entes a bem dos interesses do serviço público.
Alto Alegre (RR) – região do Surucucu (SWUQ) – divisando com Venezuela
Para o vice-presidente da COMARA, coronel-aviador Antônio Carlos Neves Trigueiro, a ação reforça o papel estratégico da Força Aérea Brasileira (FAB). “Com tecnologia de ponta, levamos soluções de engenharia a áreas remotas, assegurando a presença do Estado e o apoio logístico indispensável às comunidades e operações na Amazônia”, ressaltou.
A atuação integrada do Sistema de Engenharia da Aeronáutica (SISENG) evidencia o compromisso da FAB em apoiar o desenvolvimento da infraestrutura nacional, contribuindo para a missão de integrar e defender o território brasileiro com inovação e excelência.