FAB se preparando para a retomada das operações do “Salgado Filho”, em Porto Alegre, e instalando radar secundário em Caxias do Sul para ampliar a cobertura da região sul do país, em 10.07.24


Conforme notícia postada no dia 05, a FAB, por DECEA, prioriza as ações operacionais, técnicas e administrativas para a retomada gradual da operação no Aeroporto Salgado Filho (SBPA), em Porto Alegre (RS).

Dentre as iniciativas estão o restabelecimento do serviço de controle de tráfego de aeródromo – Torre (TWR) – através do suprimento de energia principal e secundária, dos meios de comunicação e das estações meteorológicas de superfície para a retomada das operações de aproximação, pouso e decolagem.

A retomada das operações aéreas no “Salgado Filho” será realizada de forma planejada, coordenada e em fases, iniciando com a operação visual diurna, com aeronaves da aviação geral, evoluindo para a operação visual noturna. Assim que os meios de balizamento e luzes da pista de pouso forem recuperados, a operação completa no “Salgado Filho” será retomada.

O DECEA também informa que, no mês de julho, será instalado um radar secundário, na localidade de Caxias do Sul, de forma a ampliar a cobertura radar da região Sul do país.

O DECEA destacou que transferiu, imediatamente após a calamidade no Estado do RS, por chuvas, com a inundação de todo o “sítio” aeroportuário do Salgado Filho, o Serviço de Controle de Tráfego Aéreo de Terminal para a Base Aérea de Canoas (BACO/SBCO). Devido à integração do controle de tráfego aéreo ser civil e militar, foi garantido uma rápida, segura e ininterrupta transição para a continuidade das operações aéreas.

Ainda nos primeiros dias de calamidade, o DECEA iniciou as ações para o deslocamento do radar transportável, que estava operando, para a defesa aérea na cidade de Chapecó (SC), para a Base de Canoas. A implementação, ainda no mês de maio, permitiu a retomada das operações radar na Terminal de Porto Alegre, aumentando, assim, a consciência situacional de controladores e pilotos.

Com o esforço coordenado e o trabalho incessante dos profissionais do DECEA, militares e civis, mulheres e homens, foi possível a retomada das operações na região sul do país, proporcionando o suporte essencial aos vôos das aeronaves comerciais, aeronaves da aviação geral, de helicópteros, e a continuidade da prestação de serviço de defesa aérea, essencial para a manutenção da soberania nacional.

Em meados de maio, no dia 13, o DECEA divulgou que, em apoio à Operação “Taquari 2”, o 1º GCC (Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC), por meio dos seus esquadrões do sul do país, o 2°/1° GCC – Esquadrão “Aranha” e o 4°/1° GCC – Esquadrão “Mangrulho”, realizou uma grande operação de deslocamento do Radar TPS-B34M que se encontrava em operação na cidade de Chapecó (SC) para ser realocado em Canoas (RS) com o objetivo de restabelecer a operação radar na Terminal Porto Alegre (SBWP), visando controlar um maior número de aeronaves envolvidas no apoio à população gaúcha.

Esta movimentação do radar foi idealizada para aprimorar o fluxo de tráfego aéreo e possibilitar uma coordenação eficaz das aeronaves em missões de busca e resgate, além de facilitar a aproximação de aeronaves envolvidas no transporte de mantimentos e fortalecer os padrões de segurança de vôo.

O radar estava sendo utilizado em apoio ao Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (SISDABRA), e seu deslocamento e mobilização em Canoas envolveu planejamento, coordenação e sinergia dos Esquadrões do 1º GCC e de outras unidades da FAB.

Devido às inundações no Rio Grande do Sul, os radares de aproximação no Aeroporto de Porto Alegre estavam desligados e todo o tráfego de aeronaves, civis e militares estava redirecionado para a Base Aérea de Canoas.

Em um trabalho árduo iniciado no dia 12 (domingo) e estendido até a madrugada do dia 13, equipes daquelas duas unidades foram deslocadas Chapecó com a missão de desmobilizar o radar e transferi-lo para Canoas onde se encontrava outra equipe a postos para sua instalação. O transporte do radar foi realizado com o apoio da aeronave EMBRAER C-390 da FAB; foram envolvidos na operação um total de 25 militares, além de duas carretas, um caminhão com Munck, um microônibus e um caminhão de pequeno porte.

Para a divulgação da missão, ”O 1°GCC gerenciou um esforço logístico nunca antes empregado, de operar simultaneamente duas frentes de desmontagem e montagem de um radar do porte do TPS-B34, em Chapecó e Canoas, sendo transportado na aeronave C-390 da FAB”, destacou o comandante do 1° GCC, tenente-coronel aviador Tomaz Lopes de Araújo.

No dia 21, o DECEA divulgou a conclusão, no dia 18, da montagem do radar TPS-B34M em Canoas, pelo 2º/1º GCC – Esquadrão “Aranha” e 4º/1º GCC – Esquadrão “Mangrulho”.
A montagem do equipamento teve início no dia 14 de maio, após ser transportado pela aeronave KC-390 de Chapecó (SC), para Canoas (RS), tendo durado 4 dias.

“A implantação desse radar em Canoas traz melhoria na capacidade de detecção e controle das aeronaves operando na região metropolitana de Porto Alegre, representando um incremento na eficiência e segurança das operações aéreas da aviação geral, como também das missões de resgate e transporte logístico, realizadas pelos helicópteros em apoio à população gaúcha afetada pelas enchentes”, afirmou o comandante do 2º/1º GCC, major aviador Vinicius Vilanova Vale.

Antes de iniciar a operação radar, os sistemas foram devidamente checados e homologados pela aeronave laboratório do Grupo Especial de Inspeção em Vôo (GEIV). A partir de então, foram integrados à síntese do CINDACTA-II (jurisdicionando a FIR-Curitiba – SBCW), permitindo a visualização e controle do tráfego aéreo.

O TPS-B34M é um radar de controle de tráfego aéreo amplamente utilizado pela FAB em missões de Defesa Aérea. O equipamento se destaca pela capacidade de aumentar a detecção de aeronaves em rota a partir do local onde é instalado. Uma de suas principais vantagens é ser transportável, permitindo sua implantação em qualquer região do território nacional, o que possibilita tanto o complemento das infraestruturas já existentes quanto o estabelecimento de serviços em áreas onde ainda não estão disponíveis.

O 1º GCC, unidade da Força Aérea Brasileira (FAB) dotada de cinco esquadrões subordinados sediados nas regiões norte, sul, nordeste e sudeste, tem a missão de gerenciar as atividades relacionadas à instalação, operação e manutenção dos sistemas de comunicações, controle e alarme aerotáticos transportáveis. Seus meios são móveis, podendo ser implantados em qualquer local do território nacional, complementando as infraestruturas existentes ou estabelecendo serviços onde não estão disponíveis.