Feira de Farnborough começa em meio à escassez de aviões e ‘turbulência’ na cadeia de suprimentos, em 24.07.24
Fonte: Reuters/InfoMoney – 22/07/2024
Líderes do setor de aviação se reunirão em uma convenção nos arredores de Londres a partir desta segunda dia 22, em um momento em que a indústria aeronáutica enfrenta interrupções na cadeia de suprimentos, atrasos na entrega de aeronaves e planos fracassados para reduzir emissões de gases poluentes.
A Farnborough Airshow, que acontece de 22 a 26 de julho e reúne os principais executivos de cias. aéreas, fabricantes de aeronaves e fabricantes de armas, costuma ser um “festival” de anúncios de pedidos de jatos de passageiros da Airbus e da Boeing, principalmente.
Mas muitos participantes disseram que não se espera que a edição 2024 produza uma ‘enxurrada’ de pedidos neste ano, uma vez que a Airbus está lutando para atingir suas metas de produção e a Boeing está adotando uma postura discreta em meio a sua nova crise de segurança desencadeada pelo desprendimento de um plugue de porta de emergência de um jato B.737MAX em janeiro. Contudo, algumas negociações serão concluídas, disseram participantes.
Os chefes do setor também estarão atentos a qualquer outro sinal de fraqueza na demanda de passageiros aéreos, após vários alertar sobre os lucros das cias. aéreas.
Os lucros das cias. aéreas no segundo trimestre devem ser mais fracos devido à ‘espiral’ de custos e à deterioração dos preços, com a Ryanair não cumprindo previsões no dia 22. Isso, por sua vez, pode levar a uma desaceleração nos pedidos, à medida que as cias. aéreas lutam para se recuperar.
“A grande questão para as companhias aéreas aqui em Farnborough é o que aconteceu com o efeito halo da demanda após a pandemia — será que a recuperação estagnou?”, disse o veterano jornalista de aviação Mark Pilling, que será o anfitrião de um painel de CEO durante a feira.
Com as negociações limitadas, é provável que o foco recaia sobre como remover os problemas da cadeia de suprimentos e acelerar a entrega de aviões às cias. aéreas frustradas.
A aviação foi duramente atingida pela pandemia, que fez com que as viagens aéreas entrassem em colapso, mas depois se recuperassem com força. Isso fez com que muitas empresas se esforçassem para resolver a escassez de mão de obra e peças.
A situação foi exacerbada por uma crise crescente na Boeing, que teve que recentemente desacelerar a produção de seu avião mais vendido, o B.737MAX, desprendimento de um plugue de porta de emergência de um jato B.737MAX em janeiro.